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Desafio de Escrita

Tema #2.3 - Ana Catarina

17
Fev20

“Amor e uma cabana” diz o povo quando se refere àquilo que necessita para ser feliz. In/felizmente não é bem assim que funciona. O amor em toda a sua simplicidade é mais complexo do que qualquer outro sentimento sentido à face da terra. É uma espécie de íman que atrai vários outros sentimentos e emoções, negativas e positivas, à medida que cresce. Todavia o amor não se limita a ser só um sentimento. O Amor é uma atitude, uma chave para o início de qualquer relacionamento seja ele amoroso ou amigável.

E não, não estou a dizer que devemos começar a declarar-nos uns aos outros, até porque o termo está bastante banalizado. Hoje em dia basta uma semana de namoro para sair um “amo-te” (poor Ted Mosby). Mas passado dois ou três meses já o estão a dizer a outra pessoa qualquer.

O amor, enquanto atitude, é ser-se gentil, honesto, paciente, alegrar-se nas conquistas, não maltratar, não procurar os seus próprios interesses…. Se quiserem saber mais é só lerem a Bíblia (1 Corintios 13:4-8).

As atitudes que temos uns para com os outros sem nos conhecermos são o gatilho para que algo nasça ou algo morra antes de nascer.

Inevitavelmente encontraremos sempre oscos.
É que a pessoa pode ser muito bonita, ter um olhar tão profundo quanto a Mariana’s Trench e mesmo assim, tal como ela, ter apenas lixo lá no fundo. Devemos ver além do que se vê (ou do que queremos ver).
«É simpático comigo, mas trata mal o operador de caixa sem razão…» Algo está errado. As atitudes que temos para com os outros revelam constantemente algo sobre nós.

Estas inconsistências originam-se, reiteradamente, na falta de amor próprio…  Parece cliché, mas todos os clichés têm uma pontinha de verdade.

Se eu não me amo a mim como é que vou conseguir amar alguém inteiramente?

Amarmo-nos não é narcisismo, nem é ter um ego do tamanho do Burj Khalifa. Amarmo-nos é entender que somos humanos, é sermos gentis também connosco, é reconhecer as nossas falhas e fraquezas, mas também as nossas qualidades. É perdoarmo-nos por coisas do passado e alegrarmo-nos pelas ínfimas coisas alcançadas.

Desse lado pode até não fazer sentido, mas, eu, com o tempo tenho aprendido que antes de iniciar um relacionamento com alguém, tenho de iniciar um comigo mesma, conhecer-me, aceitar-me, perdoar-me. Manuais e  ideais são irrelevantes se não os aplicarmos a nós em primeiro lugar. 

Tema da semana: Manual para iniciar relacionamentos

Ana Catarina escreve aqui

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