Tema #2.2. Pedro Vorph Valknut
A uns vinte minutinhos pr'ó café emborco o primeiro comprimido de bem-estar, limpo-me a pestana e como um Pisco, pico o dia. Se o sinto encoberto e sem remédio engulo o outro tónico da receita. Banho-me, de telefonia aberta, na imersão das desgraças a mim fechadas e no ralo jogo a guerra, a seca, meca, a epidemia ou outra vilania. Enxotado, desço ao roupeiro e meto-me no fato da verdade. A realidade, exigindo-me certas maneiras, afivela-me num (sem)riso, dando-me perna à cabeça. Ser plácido e anormal, ora aqui está um sinal de boa criação. Chegado aonde me puseram, dou corda ao relógio, mas o tempo estreita e não desenlaça, faltando, sempre, uma última de mão. Há dias, assim, que se vão indo, em meias tintas, em sois pinados, em espécies de búzios deitados, havendo, outros, assados ou fumados por certos elementos mentais, lavados em viagens limpas e descerebrais. É que isso de médicos, nunca fiando...e verdade seja dita, maroscas que me dessem, ao duvidar, as harmonias do acabar, nunca tive! Haverá doido maior do que aquele que pára num agir desmotivado?
O meu segredo, mais secreto, é saber limpar os pensares dos grandes pesares a um raciocínio de dupla folha higiénica
Tema da semana: É que isto de médicos, nunca fiando
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