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Desafio de Escrita

Tema #2.4 - Mula

22
Fev20

Continuação da história de D. Albertina, que podem ler aqui.

 

 

Após D. Albertina ter ido para Tomar,

Em busca fervorosa pelo seu antigo amor,

Finalmente percebeu o errado que é googlar

No Google as doenças, como um rumor!

 

Porque já se sabe, o Google não sabe tudo,

Apesar do que possam por aí defender.

E alertou D. Albertina como um som agudo...

D. Albertina achou que ia morrer!

 

"E vai D. Albertina, e vai", disse-lhe o Doutor,

Porque já se sabe que é a única verdade certa,

Mas D. Albertina olhou-o como a um impostor,

Logo agora que tinha o coração em descoberta.

 

Mas D. Albertina reconheceu-lhe o mérito,

Da paciência, da capcidade de a aturar,

E pediu-lhe apenas mais um remédio,

Para mais uns anos durar.

 

Porque agora D. Albertina apaixonada,

Queria para sempre viver,

E prometia não mais ao Google procurar.

Não mais a morte queria antever!

 

D. Albertina reencontrou o amor, 

Não em Tomar, mas no Barreiro,

Que o google também se enganou na localização,

Do seu amor único. O derradeiro.

 

Mas o google estava realmente errado,

D. Albertina não padecia de nenhuma doença,

E foi viver com o seu amor recém encontrado,

Lá para os lados de Fervença!

 

E nós muitos anos de vida lhe desejamos,

D. Albertina seja muito feliz,

Que não há idade para encontrarmos,

O amor que nos condiz!

 

 

Tema da semana: O Google está errado

A Mula escreve aqui

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Tema #2.2 - Fatia

20
Fev20

Ela voltou a sentar-se, limpou as lágrimas delicadamente com as pontas dos dedos. Sou um cavalheiro. Tirei o meu lenço do bolso, lavado, passado e dobrado pela minha senhoria, e estendo-lho. Aceita-o com alguma delicadeza e desfaz-se dele rapidamente.

- Se sabe quem sou, então saberá o que está em risco. Se isto se espalha pela comunicação social é o meu fim. 

As suas palavras são sinceras. Está visivelmente transtornada mas o meu instinto continua a insistir que algo não está bem naquele aparato todo. A começar porque fui eu o escolhido.

- Muito bem. Mas antes de sabermos ao que vamos, preciso de saber porque resolveu recorrer aos meus serviços...

- Não resolvi... - diz timidamente - confesso que nem sequer sei o seu nome.

A plausibilidade de todo aquele aparato caiu por terra. Ergo-me da cadeira, pronto a mandá-la sair, mas a curiosidade queimava-me os lábios. Ela estava suspensa nas palavras que apenas ousava pensar.

- Joaquim Pedrosa. Quim. Pode tratar-me por Quim. Fui inspector durante quinze anos até que... - hesitei - até que achei que precisava mudar de carreira. Sou investigador privado. Mas isso já a senhora sabe. O que eu preciso mesmo de saber, agora, é o que quer de mim.

Fita-me longamente.

- Preciso que descubra a origem destas... ameaças. Eu não tenho este dinheiro todo e não me posso arriscar que isto - e aponta para o telemóvel que jaz sobre a mesa - venha a lume.

- Para isso preciso que me diga tudo. Sem qualquer pejo.

- O que precisa de saber é que envolve um médico de renome. Cirurgião plástico. Dr. Francisco Santo e Barbosa. 

O nome congelou-me. A cor da minha cara esmaeceu ao ponto de ficar translúcido. 

- Sente-se bem inspector Joaquim?

- Quim. Só Quim. - afirmei enquanto me dirigia para a estante onde guardava o whiskey - Com médicos, sabe, nunca fiando - respondi-lhe enquanto emborcava a medida de um trago só.

(continua)

Tema da semana: É que isto de médicos, nunca fiando

Fatia escreve aqui

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Tema #2.2 - A Caracol

19
Fev20

Mamas, 

Vim agora do hospital e o médico disse que tenho uma virose. Chamou-lhe ele "Burro-parvo-virose". Disse que passava com tempo e abstenção de grupos de mamas. Ainda falei no 'tibiótico, mas ele disse que não precisava, que passava se deixasse de vir aqui ler comentários de mamas com mestrado no Google. Eu acho que precisava mesmo de um 'tibiótico. E também acho que o médico foi grande parvo e mal encarado na minha consulta. Estava sempre a olhar para o relógio, a meio disse ao coleguinha "vai ver como está a senhora que eu já subo". Quando o confrontei sobre isso, que eu assim muito frontal não guardo cá nada dentro, disse que tinha uma senhora com um parto complicado e que precisava de acompanhamento. Passei-me! Atão, eu que estava carregadinha de comichões até ao umbigo, olhem que só eu sei como passei a noite, sempre num coça coça que quase fui buscar o piaçaba para ajudar na lombar, eu que lhe pago o ordenado com os meus descontos, nem todos, porque faço uns extra com unhas de gel que não entram no rendimento, mas pronto cada um safa-se como pode, eu que estou com gravidez de risco desde as 4 semanas, porque é muito perigoso inserir facturas no computador, e o médico de família nem me queria passar, tive que armar barracada e fazer valer os meus direitos, mas já me perdi... Ah! Eu que estava ali mesmo aflita, praticamente com o mindinho do pé no cemitério e outro no portão ao pé do S. Pedro, tive que levar com uma rapidinha do médico. Olhem que o sacana mal para o livro de grávida olhou, caramba! 

Bom, queria saber as vossas opiniões: não acham que me devia ter passado uma penincinlina? Já li que comichões no umbigo podem ser bacterianas e podem levar a partos prematuros... É que isto de médicos nunca fiando. 

Estou com 5s+4d+10h+32m+5seg.

Tema da semana: É que isso dos médicos nunca fiando

A Caracol escreve aqui

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Tema #2.2 - Fátima Cordeiro

13
Fev20

Os primeiros dias da estadia de Scott na nova cidade foram fáceis. Conheceu os pontos turísticos mais interessantes. Experimentou alguns restaurantes.  Mas depois as coisas começaram a complicar-se.

No terceiro dia apanhou uma constipação. No quarto dia ficou cheio de febre. No quinto dia foi até ao hospital, de onde saiu no sexto dia de madrugada.

Scott estava exausto, depois da consulta. Eram três da madrugada. Sentou-se num banco enquanto esperava o táxi para ir para o hostel. Quem era a pessoa que estava a seu lado? Pois, Guilherme (do primeiro Desafio de Escrita dos Pássaros) mais velho, menos sábio e mais desmemoriado (porque a idade começava a pesar):

- O senhor de que se queixa?

- I’m…. – Começou Scott timidamente.

- O meu médico diz que eu estou com pneumonia. Mas sabe-se lá se é verdade?! É que isso de médicos, nunca fiando…

Tema da semana: É que isto de médicos, nunca fiando

Fátima Cordeiro escreve aqui

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Tema #2.2 - Drama

13
Fev20

Num tempo tempo que ainda não existia o Dr. Google, onde era uma piquena muito fofinha, apanhei essa doença que todos tivemos em pequenos.

Num tempo que ia se as urgências porque o médico só dava consultas de manhã, lá minha mãe leva a sua pequena herdeira cheia de febre, completamente prostrada as urgências. Depois de uma longa espera porque havia muita gente doente lá... Depois de examinada pela médica o diagnostico "Falta de atenção" que a minha doença era uma chamada de atenção para minha mãe fazer uma sopa cenoura que era receita para cura de tal doença. 

Pouco conformada, a febre não baixava e a sua cria cada vez mais delirante... 

 É que isso de médicos, nunca fiando

A minha mãe agarra em mim vamos a nossa médica de família, mesmo que não houvesse vaga a médica atendia sempre, deu outro prognostico Varícela...Fiquei 15 dias em casa nas Férias da Pascoa para verem como a vida é mesmo injusta. É que isso de médicos, nunca fiando

Tema da semana: É que isto de médicos, nunca fiando

Drama escreve aqui

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Tema #2.2 - Teoria do Nada

13
Fev20

O voo ainda vai inicio e estes pássaros, depois de acharem que a coisa não vai correr bem, agora querem fazer quarentena a todos que vieram da China. Parece que há um vírus que se espalha mais rápido que as palavras escritas neste desafio.

Vai tudo parar durante 15 dias e nada de ir ao hospital, é que isso de médicos, nunca fiando.

Vai tudo para uma gaiola gigante e só depois é que regressam à viagem.

Mas vai tudo correr bem, um atraso que depois se compensa com a ajuda dos ventos e das palavras.

Até lá vou aproveitar para rever a melhor rota, por a leitura em dia, escrever no Blog com posts para 15 dias e depois é só...voar nas palavras do vento que me empurra até ao destino final. 

...voar, voar e voar pelas palavras escritas que ao destino me levarão.

Nada, nem ninguém me vai estragar a viagem, e vou chegar ao destino daqui a nove semanas, onde me esperam há vários meses. E onde eu quero estar.

Tema da semana: É que isto de médicos, nunca fiando

Teoria do Nada escreve aqui

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Tema #2.2 Ana Isabel

12
Fev20

Continuou o seu caminho.  Mas será que deveria ter ficado em casa?... É que isto dos médicos nunca fiando. Será que tudo à sua volta não passava de um sonho? Será que tinha de facto saído de casa ou estaria a delirar na cama? Era difícil distinguir o que era real ou não.

Mas era, só podia. Estava mesmo a descer a rua. O chão era real. Baixou-se e tocou-lhe. Parecia verdadeiro. 

Virou a esquina, o café onde costumava ir não parecia nada familiar. Olhava para um lado e para o outro, era tudo igual, mas nada era familiar. Estava tudo a ficar cada vez mais estranho. Um enjoo comoçou a apoderar-se de si. Tinha a certeza que ia desmaiar. 

Quando acordou, parecia que tinha passado vários meses, não conseguia situar-se.

 

Tema da semana: é que isto de médicos, nunca fiando

Ana Isabel escreve aqui

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Tema #2.2. Pedro Vorph Valknut

12
Fev20

A uns vinte minutinhos pr'ó café emborco o primeiro comprimido de bem-estar, limpo-me a pestana e como um Pisco, pico o dia. Se o sinto encoberto e sem remédio engulo o outro tónico da receita. Banho-me, de telefonia aberta, na imersão das desgraças a mim fechadas e no ralo jogo a guerra, a seca, meca, a epidemia ou outra vilania. Enxotado, desço ao roupeiro e meto-me no fato da verdade. A realidade, exigindo-me certas maneiras, afivela-me num (sem)riso, dando-me perna à cabeça. Ser plácido e anormal, ora aqui está um sinal de boa criação. Chegado aonde me puseram, dou corda ao relógio, mas o tempo estreita e não desenlaça, faltando, sempre, uma última de mão. Há dias, assim, que se vão indo, em meias tintas, em sois pinados, em espécies de búzios deitados, havendo, outros, assados ou fumados por certos elementos mentais, lavados em viagens limpas e descerebrais. É que isso de médicos, nunca fiando...e verdade seja dita, maroscas que me dessem, ao duvidar, as harmonias do acabar, nunca tive! Haverá doido maior do que aquele que pára num agir desmotivado?

O meu segredo, mais secreto, é saber limpar os pensares dos grandes pesares a um raciocínio de dupla folha higiénica

 

Tema da semana: É que isto de médicos, nunca fiando

Pedro Vorph Valknut escreve aqui

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Tema #2.2 Gonçalo Gonçalves

12
Fev20
Os pássaros esta semana deram-nos um tema que me fez lembrar uma TED Talk de Mikhail Varshavski (mais conhecido como Doctor Mike aqui pelas Internets). Nesta conferência ele falou da epidemia do "Eu sei tudo". Referindo que muitas das pessoas que dispendem do seu tempo para ir ao médico, chegam lá e esperam que os médicos tenham resposta para todas as perguntas que lhe façam, quando na realidade não é isso que acontece.
 
Os médicos estudam muito ao longo do seu percurso académico e continuam a estudar ao longo das suas carreiras. E mesmo assim, um paciente pode perguntar-lhe alguma coisa e ele mesmo assim dizer "Não sei". Ou pode acontecer também eles se enganarem. Sim os médicos enganam-se. É raro, felizmente. Mas acontece. 
 
O facto deles ou outra pessoa dizer "Não sei" devia ser melhor recebido. É bom. É bom ter a coragem de admitir isso e é admirável essa honestidade e humildade. Porque, no final das contas, quem é que sabe tudo? Nem os médicos, nem ninguém. 
 
Por isto, não me parece haver caso para dizer: "É que isso de médicos, nunca fiando".
 

Tema da semana: É que isso de médicos, nunca fiando

Gonçalo Gonçalves escreve aqui

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