Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Desafio de Escrita

Tema 1 - Di

21
Mai21

estava eu no cafezinho da manhã, e pareceu-me que na mesa do lado, alguém se queixou que a Vida estava muito complicada, e que se sentia perdida… não gosto de ficar à escuta, mas deixei-me ficar mais um pouco porque até gosto da pessoa… mais tarde no dia, e porque estivemos reunidas (sem nunca mencionar a conversa do café), disse-lhe:

estás em baixo, desgastada, mas sabes a Vida sabe sempre o que faz, tens de acreditar na tua força, e acima de tudo acreditar que podes sempre recomeçar, renascer, que podemos tardar em acertar com o caminho, mas um dia sem esperarmos, já caminhamos nele.

A Asinha Voa escreve aqui.

Tema 1 - Cristina

20
Mai21

83982445_812991879217760_2272409888564969472_o.jpg

Foto: Artur Pastor

Alberto era um rapaz do campo, levava uma vida simples entre as tarefas que os pais lhe destinavam e a escola que não o interessava quase nada. O que fascinava o rapaz era descobrir os ninhos, conhecer os pássaros, as árvores, ir pescar enguias na ribeira com um açude de pedras e um garfo como o pai lhe tinha ensinado, ensinar os rafeiros para a caça, ir caçar com o pai,...

Gostava de aproveitar para ir correr todos os caminhos da aldeia e redondezas. Sempre que o mandavam para mais longe fazer recados, ir buscar feixes de vides, erva ou mato para as camas dos animais ia sempre dar umas voltas por onde não lhe tinham mandado. Tinha que ir fazer as suas investigações, descobrir onde havia tocas de coelhos, estudar as pegadas do chão, as caganitas que os animais iam deixando na terra dos bosques e pinhais. Muitas eram as vezes em que os seus passeios eram descobertos pelos pais, ou porque não tinha ido buscar o número de feixes determinado, ou porque alguém o tinha visto onde não era suposto estar, ou até porque tinha ido apanhar maçãs ou pêssegos a campos de outros donos.

Ele sabia que estava a pisar o risco, mas para ele valia bem a pena arriscar e ir ver o seu mundo do que andar só a fazer as tarefas aborrecidas que lhe mandavam.

Claro está que para fazer as tarefas da escola também lhe era difícil ter vontade e muitas vezes só na manhã seguinte quando o acordavam para se lavar, comer e ir a pé para a escola é que ele se ficava a ralar por não ter feito os trabalhos. Nas primeiras vezes pensou que o professor talvez não reparasse que ele não tinha feito os trabalhos. Rapidamente percebeu que isso não acontecia, e nesse tempo acreditava-se que com umas reguadas nas mãos, as crianças mudavam o seu comportamento. O professor deu muitas vezes reguadas nas mãos do Alberto por ele não fazer os trabalhos, mas ele mesmo assim nem sempre os fazia.

Escola salazarista.jpg

Numa dessas manhãs, cheio de medo das reguadas que o esperavam na escola, decidiu que não ia à escola e disse à mãe que lhe doía muito a barriga e começou a gemer. A mãe ficou preocupada porque era frequente as crianças apanharem febres e doenças na barriga e disse ao pequeno que já lhe ia esfregar a barriga com um pouco de azeite para ver se ele melhorava. Deu-lhe apenas um bocadinho pequeno de miolo de broa porque disse que se lhe doía a barriga era melhor não comer muito. O Alberto lá teve de se aguentar com a fome porque aquele bocadito de broa era muito pouco, mas teve que manter as aparências.

Depois de a mãe lhe massajar a barriga, disse-lhe para ficar mais um bocado na cama enquanto ela ia para o campo. Ele esperou que a mãe saísse com o posseiro e a enxada e pouco depois abalou para o mato da charneca onde os amigos lhe tinham dito que havia um ninho de perdiz. Esquecido das horas, já o sol ia alto quando voltou em grande corrida para casa e se enfiou na cama a escorrer suor e vermelho como um tomate.

A mãe mal chegou a casa foi logo ter com o seu rapaz ao leito e ficou preocupadíssima por o encontrar tão suado e quente. Ficou a achar que era febre intestinal, tinha sido assim com o rapaz da Jacinta e ele quase tinha morrido. Saiu do quarto e sentou-se junto ao lume a chorar e a pensar no que devia fazer. Decidiu ir até casa da Jacinta e perguntar o que tinha feito para tratar o filho. O Alberto ficou um bocado ralado com a mãe quando a viu tão preocupada, mas não tinha coragem para lhe dizer a verdade e continuou enfiado na cama.

Quando a mãe chegou a casa da Jacinta e lhe disse ao que ia a mulher ficou muito admirada. Disse logo que tinha acabado de ver o Alberto a correr cheio de genica na subida para casa?! A mãe percebeu logo que era mais uma das trafulhices do pequeno, agradeceu e voltou para casa a voar.

Voltou ao quarto e começou a perguntar ao pequeno como se sentia, se não seria melhor ir ao médico, onde era a dor e mais e mais a ver se ele confessava. A dada altura ela já estava vermelha de fúria e o pequeno percebeu que não ia correr bem. Houve um passarinho que te viu a subir para casa a correr à bocadinho, disse-lhe a mãe. Levanta-te imediatamente! Vamos comer e vais passar a tarde a trabalhar ao meu lado e tens que me contar muito bem porque é que não quiseste ir à escola. Se demorares muito, pomos pés ao caminho e vou até à escola perguntar ao professor o que se passa.

O rapaz lá foi dizendo que não tinha feito os trabalhos e que ia levar reguadas. Explicou que lhe parecera melhor dizer que estava doente. A mãe disse que daquela vez passava, mas ia fazer todos os trabalhos da escola quando voltassem do campo e que ficava de castigo sem poder ir a lado nenhum sem ser acompanhado enquanto não se emendasse.

O rapaz ficou aliviado, mas triste por não poder andar pela aldeia à vontade com o resto da rapaziada, jogar ao pião, caçar com a fisga, …

João Martins.jpg

Foto: João Martins

Durante uns tempos o Alberto conseguiu cumprir as suas obrigações sem tropelias, mas ele já começava a sentir que talvez não conseguisse ser sempre assim. Quem ia saber? Talvez conseguisse.

  

Texto no âmbito do Tema 1 do Desafio dos Pássaros - 3.0 que nos dava como mote "Foi o que ouvi", de modo implícito, mas sem mencionar directamente. 

Este texto procura retratar aqueles rapazes do campo com "a fisga no bolso de trás" e as muitas histórias de tropelias que escutei quando criança sobre um familiar muito próximo.

 

A Cristina escreve aqui

 

Tema 1 - Lara Almeida

20
Mai21

Disseram-me muitas vezes que a minha vida mudaria. 
Que nada seria como antes. Ouvi muitas vezes a frase "aproveita agora, que depois a
vida muda".
 
Ouvi que nunca mais dormiria uma noite descansada. Ouvi que iria acordar até com o
som do respirar. Ouvi que estaria muito tempo sem retomar a vida social pois não teria
cabeça para ouvir ou ver ninguém.
 
Tudo isto ouvi. Durante longos nove meses...
 
Mas nunca ninguém me disse que a falta de dormir seria compensada com o primeiro
sorriso da manhã. Que nunca mais dormiria uma noite descansada porque o amor que
nos arrebata é tão forte que, muitas vezes, se transforma em medo.
Não ouvi que a vida mudaria sim. Que haveria dias difíceis mas que, os dias seriam tão
melhores do que antes. Que a vida seria diferente, mas tão melhor.
Não ouvi que a mínima gracinha seria uma conquista do tamanho de uma Champions
League. Não ouvi que nos adaptamos e que a vida social é retomada sim, desta vez com
mais um elemento. Que tudo o que realmente importa pode ser feito com ele...e o que
não for possível, então também não interessa.
Não me disseram que nos dias mais difíceis iria sentir-me perdida...e que seria no seu
sorriso ou no rosto babado do pai a olhar para ele que iria buscar uma força que nem
sabia ter.
 
A maternidade não é igual para ninguém. Podemos partilhar vivências, opiniões, ideias.
Mas depois, cada uma de nós, vive-a de uma forma mais ou menos intensa, com mais
ou menos idealismos e pragmatismo, mas com tanto amor que, no final de contas,
seremos sempre as melhores mães para os nosso filhos.
 
Ninguém sabe tudo. Ninguém sabe nada. Vamos vivendo e aprendendo. Vamos
ouvindo e sabendo que, o que funciona com uns, pode não funcionar com o nosso. O
que era verdade ontem, pode não o ser hoje.
 
Não interessa se foi o que ouvimos. Interessa bem mais, sempre, o que sentimos.

 

A Lara escreve aqui.

Tema 1 - A Caracol

19
Mai21

Nunca imaginou ser possível sentir tanta paz e serenidade. Sempre lhe guiaram as ideias para o caos, para o cada um por si, para o pesadelo de qualquer doença. 

Do seu quarto, no quinto andar do hospital, Amadeu via o céu. Apenas uma réstia dele, é certo, só uma pequena franja de azul entre dois edifícios cinzentos, mas era aí que focava o olhar dias a fio. 

Não conhecia o rosto de quem o tratava, mas isso já sabia que seria assim. Dias houveram, em que essa incógnita e desconfiança pelo fato branco o atormentavam, numa angústia pela impotência e ignorância do que o aguardava. Outros tantos dias, deixava a mente pairar sobre a inexistência. A sua, claro, e dos colegas de enfermaria. Acontecia sobretudo nos dias em que um lençol branco numa maca era conduzido para outro andar, bem lá no fundo do edifício, recordando aos enfermos a gravidade e o poder de quem domina aquela ala de cuidados intensivos. 

A porta abriu do quarto abre-se com um chiar suave e o médico vestido com um invólucro de plástico, dirige-se ao leito de Amadeu. 

- Agora já vou tarde, mas se fosse hoje, tinha-lhe colocado "cápsula revestida" como alcunha - gracejou num ténue fio de voz. 

- Não faz Sr Amadeu, ainda vai a tempo. Mas olhe que eu já tinha um certo carinho pelo Pintor de Compressão da Ala Covid. 

Sorriram, sabiam que estavam apenas a matar tempo, adiando o inadiável. 

- Está na hora, Sr. Amadeu. 

Assentiu, conformado. Fixou novamente para a franja de céu pela janela, não sabendo se ou quando voltaria a vê-lo, mas desejando gravar aquele azul para sempre na sua memória. Sonharia com ele enquanto estivesse inconsciente, tanto tempo quanto a inconsciência durasse. 

Sorriu e com uma serenidade que nunca lhe disseram ser possível, aceitou de bom grado o sono imposto.  

Tema 1 - I'm Silva

19
Mai21

Ouvi a vida rolar e a acontecer. Alguém me disse que ia ser fácil para todos, que os sorrisos iriam soltar-se quais pardais ao fim da tarde. Que tudo estava bem, que tudo estava no sítio. Que parvoíce...
Alguém disse que a bondade andava à solta, sem rédeas nem empecilhos. Que todos os homens seriam felizes, sem angustias nem tristezas. Que imaginação...
Afinal quem fala não sabe o que diz, quem fala diz o que lhe apetece, o que provavelmente queria que fosse...mas não é. Que tristeza...
Vejo ao longe as nuvens a passar, e muitas cores, azuis, brancos, cinzentos, e o dourado do rei sol. e isso é a vida, a que conhecemos, a que amamos, não a que nos contam, a que ouvimos algures. E que bonita que ela é...

 

A I'm Silva escreve aqui

Tema 1 - Charneca em Flor

18
Mai21

Pela fresca da manhã, a Ti Catrina varria a rua à frente da sua porta. “ Quando o presidente da junta passar por aqui tenho que lhe dizer que os varredores de rua nunca põe cá os pés, quanto mais a vassoura”, pensava ela enquanto manejava a sua. Com o barulho que fazia, nem ouvia os passos arrastados que se aproximavam:

- Bom dia, Ti Catrina. Anda varrendo?

A outra deu um pulo assustada.

- Ai, comadre, que  a vi. Já  lhe punha os olhos em cima há que tempos. Tem estado doente?  me diga que apanhou aquela maleita que veio da estranja.

- Cruzes, credo. Nem me fale nesse bicho. O meu filho  se cala com isso. Sempre a dizer que tenho que me meter em casa. Se ele sonha que eu saí, vai ficar azedo como um limão.

- Os meus filhos são iguais. Sempre em fezes por causa desse conovírus ou como é que se chama essa coisa. Então e onde vai a Ti Jaquina? Ao médico?

- Ao médico?! O posto médico está sempre fechado.  sei onde se meteu o doutor. Ando aqui com umas dores no lombardo há um ror de dias.

- No lombardo?!  será na lombar?!

- É isso, é. Até fui ali à doutora da farmácia e ela deu-me uns pusitórios e uns emplastrios mas  estou nada melhor. Disseram-me que há ali um endirêta na rua de baixo que é mûta bom.

- Um endirêta aqui na terra?!

- A Ti Maria Carraça diz que apareceu aí, vindo lá de Lisboa com a filha do falecido Ti Chico da Fonte. Estão a viver na casa do falecido. Diz que vão arranjá-la. A cachopa disse à Ti Maria que estavam fartos de Lisboa e com medo do conovírus e fugiram para cá. Só que a Ti’Anica diz que fugiram doutra coisa.

Atão e como é que ela sabe?

- A Joana que trabalha na televisão, a filha da Ti’Anica, conhece bem a cachopa do Ti Chico. Diz que foi uma escâdaleira. Fugiram de Lisboa para se amigarem.

- E fugiram de quê?

Atão não se alembra? A cachopa era casada com um figurão da política com muito mau feitio. Mas a Ti’Anica diz que isso nem foi o pior. O tal endirêta é muito mais novo do que ela e namorava a neta do Ti Chico. A cachopita anda a estudar nessas medicinas novas, alternadeiras ou como é que se chamam.

- Grande pouca vergonha. Então e a Ti Jaquina vai-se meter na casa de gente dessa?

- Ó comadre, desde que passem as dores… quero lá saber em que cama é que o hôme se deita. Se ele afagava a mãe e a filha deve ter muito jeitinho naquelas mãos.

E a Ti Jaquina lá seguiu o seu caminho. A Ti Catrina?! Foi bater à porta da vizinha para lhe contar a sem vergonhice que se passava na casa do Ti Chico."

Tema 1 - Miss Lollipop

18
Mai21

Há 22 anos atrás, eu moçoila felizmente grávida de primeira viagem, preparei-me para receber o meu primogénito com tudo a que ele tinha direito.

Não falo do básico, berços, roupas, chuchas, esterilizadores, mas de toda e qualquer literatura que versasse sobre o assunto para fazer o devido acompanhamento da minha cria mor.

Fiz-me assinante de diversas revistas, criei uma biblioteca temática, falei com tudo o que foi gente que me pudesse transmitir os seus sábios e mais experientes conselhos.

E chegou o meu pequeno príncipe com toda a pompa e circunstância, que logo teve a primeira desilusão da vida dele ao não ter leite para mamar, pois não havia maneira de subir tal como dizem.

De biberão em riste, sorvia cada gota sofregamente até nada mais restar, e assim continuou pois cedo descobriu ser muito mais fácil chupar da tetina do que da mamita.

Era um verdadeiro anjinho rechonchudo que ao contrário do que tinha ouvido dizer, dormia placidamente a noite inteira.

Esta mãe sempre atenta, e crente na sabedoria popular, punha religiosamente o despertador a tocar de 3 e 3 horas para  lhe enfiar o biberão goela abaixo, que ele embora continuasse a dormir não se fazia de rogado.

E assim continuou por 1 mês, e outro mês, e mais outro mês, até que perguntei à pediatra até quando teria que alimentar a cria de 3 em 3 horas.

- É ele que acorda a chorar com fome? – perguntou a pediatra

- Não… ele dorme a noite inteira, o despertador toca, agarro nele, dou-lhe o biberão, bebe-o todo e continua a dormir….

- Vou-lhe passar uma receita infalível que vai solucionar tudo, mas só a lê quando chegar a casa.

E dizia a bendita da receita o seguinte “ Agora que está em casa, agarre nos livros todos que comprou e livre-se deles, cancele as assinaturas de todas as revistas e esqueça tudo o que ouviu dizer. Se ele tiver fome durante a noite vocês então vão ouvir. 

 
A Miss Lollipop escreve aqui. 
 

Tema 1 - Mónica Morais

17
Mai21

Pois foi … exatamente isso que disseram: que o Carlos a engravidou, ela tão nova, mas quando foram contar aos pais dela, cheios de medo, eles fizeram uma grande festa, com direito a champanhe. Mas não sei, não estava lá. Foi o que disseram!

Mas, as pessoas falam e por vezes têm razão. Não digo que sempre, mas se damos motivos para falar… elas falam!

Mas sei que quem fala aumenta sempre um pouco, e o maldizer desperta sempre a curiosidade do povo, há sempre quem queira fazer uma bonita história, com a vida dos outros.

 

A Mónica escreve aqui.

Tema 1 - Lu

17
Mai21

Não me digas? - disse incrédula a vizinha do 1 andar!

E a sua  querida amiga das fofoquices, vizinha do rés do chão, prontamente respondeu - olha estou "a vender pelo preço que comprei! "

Ora bem, trocando por "míudos", esta seria mais uma das conversas habituais entre duas vizinhas, que passavam o tempo à janela, a observar o buliço de todo o prédio e do bairro. Não passava dia nenhum sem que uma novidade dita por uma, não aguçasse mais a curiosidade da outra. Sabiam quem entrava e quem saía, horários, matrícula dos carros, quem corria apressado para o autocarro, quem habitualmente fumava à porta da confeitaria do lado, quem vinha jantar a casa de quem. Enfim.

Achavam, porém, que essa forma de estar não incomodava os outros, mas um dia aperceberam-se do contrário. É que na entrada do prédio havia sido colocado um dístico que dizia: Proibido viver a vida dos outros - viva a sua, mesmo que da janela!

A Lu escreve aqui.

Tema 1 - Dona Redonda

16
Mai21

Como é que eu sei isto?
O Covid foi inventado em Laboratório.
Com a vacina injectam um chip e passam a controlar a nossa mente. Sem querer vamos
ser levados a comprar artigos de que não precisamos.
Aliás nem existe pandemia, foi tudo inventado e temos é de ser pela verdade!
Os alienígenas estão entre nós. É difícil detectarmos um. Temos de ter muita atenção e
ver se descobrimos alguém que seja tão normal que nunca repararíamos nele. Mas
depois, temos de ter muito cuidado, porque se ele se aperceber que o topámos, apaga-
nos a mente.
E eu sei tudo isto porque…

A Dona Redonda escreve aqui.