Desde que me lembro de ser gente, que escrever para mim é uma ato natural.
Orgulhosa da minha imaginação delirante, sempre acompanhada por blocos multicolores, nos quais rabiscava ideias, frases, pensamentos, vivências e tudo e mais alguma coisa, cadernos sem conta com histórias infantis, pequenos contos, reflexões, crónicas.
Descobertas as novas tecnologias, entrei no mundo dos blogs, nunca porém, abandonando os meus fiéis blocos e cadernos, pois a escrita manual tem outro encanto e o cheiro das folhas nunca poderá ser substituído pelo ritmo mecânico do teclar.
A meio do ano passado, vi a minha vida virar do avesso com o internamento prolongado do pilar da minha vida, admoestada por sucessivas infecções. Deixei de ter vida própria para a acompanhar em permanência, dela tratando, cuidando, acarinhando, para o desfecho ter sido o pior possível.
Com a perda do meu pilar, o meu mundo ruiu, perdi a fé, a vontade de fazer qualquer coisa, fiquei com o pensamento estagnado, com a imaginação bloqueada.
Deixei de publicar nas redes sociais, abandonei totalmente o blog, as leituras, a escrita, e entrei numa espiral de desânimo com a esperança de que tudo não passasse de um pesadelo.
Mas no meu íntimo sabia que não podia continuar assim. Quem à minha volta se manteve firme e hirto não merecia tal torpor, que nem eu própria merecia.
As diversas vezes em que tentei voltar ao blog, pelo menos às leituras que sempre animaram o meu dia, não foram bem sucedidas, mercê de uma falta de coragem e de uma falta de vontade atroz.
Até que, finalmente me decidi a enfrentar o mundo de frente e de cabeça erguida, e decidi que desta semana não passaria, pelo que munida de uma dose extra de coragem, retomei o contacto com o meu mundo virtual que me apraz e distrai, e o bem que me fez e que me soube, não tem explicação.
Dizem que não há coincidências e que tudo acontece por uma razão, e foi assim que me deparei com este desafio, e decidi desafiar-me a mim própria ao inscrever-me e obrigar-me a fazer aquilo que mais adoro, deixar as palavras fluir, soltar o pensamento, libertar a imaginação.
Agradeço deixarem-me fazer parte deste bando maravilhoso de passarinhos que com este desafio me dá o motivo perfeito para despertar de novo para a vida.
Miss Lollipop escreve aqui
Já te inscreveste para o segundo desafio?
Acompanha todos os posts deste desafio aqui
Segue-nos na nossa página do facebook