Reflexão - Charneca em Flor
Os Pássaros fizeram a proposta mas eu tenho andado muito ocupada e ainda não tinha tido a oportunidade. O Natal e a minha viagem de fim de ano ocuparam todo o espaço disponível na minha cabeça. Comecei a escrever este texto no Aeroporto Saint-Exupéry em Lyon enquanto esperava o voo que me trouxe de volta a Portugal. E que sítio seria mais inspirador do que um Aeroporto que carrega o nome de um dos meus escritores favoritos?
Agora indo ao ponto que me leva a escrever este desabafo, o Desafio de Escrita dos Pássaros tem sido muito enriquecedor por vários motivos. Embora sempre tenha gostado de escrever, esta foi uma prova de fogo que me fez sair, muitas vezes, da minha zona de conforto com os temas que foram sendo propostos. Semana a semana aprendi muito sobre mim e sobre a minha forma de escrever.
Em primeiro lugar, foi um desafio à minha capacidade de síntese porque foi muito difícil para mim que todas as ideias coubessem em 400 palavras, apenas. Apercebi-me que utilizo um vocabulário muito limitado. Tendo em conta que a língua portuguesa é tão rica, é uma pena não escrever com um maior número de palavras diferentes. Outro facto interessante, foi a constatação da minha insegurança embora isso não tenha sido uma grande surpresa. Quando leio os outros textos não consigo deixar de comparar a qualidade da minha escrita com a dos outros participantes. Na verdade, acompanhar as partilhas dos outros autores faz-nos imergir num verdadeiro banho de talento literário. E, na minha opinião, eu fico sempre a perder. Eu sei que este desafio não é um concurso mas não consigo evitar. Na verdade, acompanhar as partilhas dos outros autores faz-nos imergir num verdadeiro banho de talento literário. Estou a contar que algumas gotas desse talento cheguem até à minha humilde pessoa,
Seja como for não será a minha insegurança que me fará parar. Contem comigo e com as minhas limitações para o Desafio de Pássaros parte II.
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