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Desafio de Escrita

Tema #11 Gabi

27
Nov19

Acordo e saio para passeio matinal com humano ou humana a meu cargo. Adoro passear e quero sempre ir, mas não gosto lá muito quando chove.

No regresso levam-me para casa da avó porque vão trabalhar. Sei que ela é frágil e não pode levar-me a passear por isso em casa dela sou menos efusivo e farto-me de dormir. Ela tapa-me com uma mantinha.

Vêm-me buscar ao final do dia, às vezes humana traz a irmã (a tia, que está a escrever por mim) e  fico super entusiasmado quando os vejo, damos uma pequena volta ali perto e seguimos de carro para casa. Vou bem atento ao que se passa ao redor, e às vezes zango-me quando vejo algum dos meus inimigos na minha zona.

 A seguir como – comida de uma latinha, sempre pouca, poderia comer muito mais, e vamos passear. Aproveito para marcar território e socializar sobretudo com algumas cadelinhas. Ao jantar deles, peço, mas não me dão comida, só de vez em quando alguns biscoitos, poucos. Estou super atento para apanhar alguma coisa que possa cair ao chão, até guardanapos de papel, mas depois é uma luta para os conseguir comer.

 Percebo bem o que me dizem, mas normalmente gosto é de fazer a minha vontade, como seguir à frente nos passeios, e parar quando querem regressar, e posso até dificultar quando resolvem levar-me ao colo para casa, depende. Normalmente ganho muitas festas de todos, não percebo é porque não entendem que quero biscoitos quando fico a olhar fixamente para o lugar onde os guardam…

Tema da semana: Um dia na tua família... do ponto de vista do teu animal de estimação.

Gabi escreve aqui e aqui

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Tema #11 Silvana

27
Nov19

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Eu sou a Riscas, uma gata cheia de personalidade e com uma história muito peculiar. Fui eu que escolhi os donos. Confusos? É simples! Vivia aqui na rua com a minha primeira família e com toda uma turma gatina. Há uns tempos esta minha família mudou de casa. Eu não gostei do espaço. Fugi e voltei para a minha antiga rua. Vieram buscar-me 3 vezes, mas eu fugia sempre para aqui.

No início foi complicado. Não me aproximava de ninguém, vagueava pelos campos, fazia as minhas caçadas. De entre as várias casas da rua havia uma com potencial. Era grande, com comida e muito espaço para passear. Faltava o mais difícil: imiscuir-me no seio daquela família. Qual foi a melhor forma? Tornar-me amiga do peludo que lá vivia.

O cão era um tipo simpático, mas muito ciumento. Recebia demasiados mimos daquela gente. Era um rei dentro de casa. Duvidam da minha palavra? Então vejam só: era ele que ocupava o sofá maior escolhendo quem ficaria ao pé dele; no Inverno, andavam sempre com a cama dele às voltas para que ele apanhasse o sol que queria... Era uma chatice, não estava a conseguir conquistar muito espaço no meio daquela gente. Pelo menos, sempre me alimentaram.

Foram simpáticos comigo! Deram-me espaço e, com o tempo, fui-me aproximando. Consegui partilhar a cama com o cão, o prato dele e, nos raros momentos de bondade canina, até um lugar no sofá me foi permito (mas sempre com o devido respeito por ele). Ganhei um amigo e uma família.  

Há uns tempos atrás as coisas mudaram. O Tico esteve fora e voltou um pouco estranho. Durante o dia foi ficando pior e eu só via a minha nova família triste. Ao fim do dia, saíram de novo com ele. Voltaram com uma caixa e muita tristeza. Eu bem miei em volta da caixa, que cheirava ao Tico, mas ninguém me explicava o que estava a acontecer. Foram dias muito tristes. Não sabia do meu amigo, a família andava estranha e eu só ouvia “Lembras-te quando o Tico descobriu a Pipoca (esta é outra com ar de importante)?” ou “Já viste, faz como o Tico!” e eu só me apetecia grimiar EU NÃO SOU UM CÃO!

 Nunca mais vi o Tico! Agora sou eu que comando. Faço o que quero, mio de acordo com as minhas necessidades e não é que eles me percebem sempre?

 

Nota:
Para saberem mais sobre o Tico podem ler aqui e aqui
A Pipoca é uma Agapone que eu alimentei desde bebé. É como qualquer outro animal de estimação. Reconhece-nos, interege connosco... Mas é um bocado rufia e bica tudo à sua passagem. Tinha fotografias dela noutro telemóvel e não consegui recuperar nenhuma paa colocar aqui.

Tema da semana: Um dia na tua família... do ponto de vista do teu animal de estimação.

Silvana escreve aqui

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Tema #11 Coiso

27
Nov19

6:25 – Ora boooooooooooooooooooom dia. Então tudo bem, dono? O teu pai? A tua mãe? Onde estão, onde estão? Ahhhhhhh, que bom o meu leitinho com café!

6:50 – Então já te vais embora? Ainda está escuro lá fora. Deixas-me ficar cá dentro?

7:10 – Olá, Pai do dono, podes levar-me à casa de banho? O dono já me deu o meu leitinho com café, o meu intestino já está a trabalhar a toda a velocidade e tenho de fazer xixi!

7:20 – Ahhhhhhhhhhh, que maravilha! Xixizinhos com fartura e um cocó beeeeeeeem grande!

7:30 – Já vais sair, Pai do dono? A Mãe deve estar quase a descer. Posso cá ficar? Posso? Posso? Posso? Muito obrigado!

7:45 – Bom dia Mãe. Que feliz que estou por te ver. Fazes-me festinhas? O dono e o Pai já me fizeram, mas as tuas são melhores. Tens as unhas mais compridas e eu tenho muito pêlo! Que maravilha!!! Obrigado. Já bebi o leitinho, mas ainda como qualquer coisa que não te apeteça do pequeno almoço. Sim, essas torradinhas com ar delicioso, com essa gordurinha de presunto! Gosto tanto!

8:30 – Olha, chegou a senhora da limpeza, que fixe, vou ter companhia o dia todo! E posso ir brincar com ela porque ela gosta muito de mim!

12:40 – Yupiiii, o dono veio almoçar a casa. Vamos passear? Vamos? Vamos? Vamos? Vamos? Vamos? Vamooooooooooooooos!

13:00 – Tá na hora de começar a cair qualquer coisa para eu comer!

14:00 – Dono sozinho em casa, deve estar a chegar alguma miúda!

14:05 – Dono, campainha! Dono, campainha! Dono, campainha! Dono, campainha! Dono, campainha!

14:06 – Esta miúda não conheço! É gira!

17:00 – Olha, a miúda já se vai embora…

18:00 – Chegou a mãe do dono! Vai começar a cheirar bem cá em casa!

19:30 – Família à mesa a jantar. Vou ficar aqui sossegadinho no meu canto, que a seguir sou eu!

20:30 – Agora que já jantei, tá na hora de ir à casa de banho. Donooooooooooooooooooo!

21:00 – Hora de ir para a sala da família, receber festinhas e deitar aos pés do Pai do dono!

22:00 – Acho que vou dormir para a cozinha…

 

Remembering Yuri, the 47kg Samoyedo – 1996 – 2006 – Rest in Peace my friend!

 

Tema da semana: Um dia na tua família... do ponto de vista do teu animal de estimação.

Coiso escreve aqui

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Tema #11 Alexandra

26
Nov19

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Olá.

Por certo já me conhecem, mas deixem-me que me apresente:

Sou o Tobias e vivo nesta casota desde há quatro anos e meio com as minhas humanas de estimação, as minhas "duninhas".

Foi difícil escolher um dia para vos falar mas vou-vos contar o mais desgraçado de todos... (às vezes sou um bocadinho dramático).

Acordei com frio (é ronha, confesso) e enfiei-me na cama da humana. Por dentro da roupa toda, como eu gosto e ela finge que não. Passado um bocado toca uma cena bué d’alto, ela refila e resmunga, mas não acaba com aquilo. É todos dias a mesma coisa. Levantou-se e eu fiquei na cama até ela sair para ir trabalhar, que é uma coisa que ela diz ser importante para eu ter ração na malga.

Não percebo é porquê que a ração delas parece-me sempre melhor.

Vovó humana apanhou-me distraído no pátio e foi dar uma volta... Nem gosto de falar disso. Fico mesmo triste quando estou sozinho.

Ela regressa pela hora de almoço e passo o resto do dia a cumprir a nobre missão de controlar os putos que passam para a creche aqui ao lado. As rotinas incluem comer quando me apetece, beber água e bater uma... sorna. Não vos contar sobre o meu amor próprio.

Quando a mamã humana volta vamos dar um giro pelo bairro, para eu regar os muros e cumprimentar os vizinhos cães... alguns são muito parvos, não gostam de conversar, só gritam.

Chegou a noite e estava já eu a fazer planos de ir para vale dos lençóis quando vejo estacionar um carro que reconheço: Orelhas empinadas, rabo a abanar... Era ele, um tal de doutorzinho que vem cá à casota de quando em vez e que é um tipo um bocado marado da cabeça. Mas curto o gajo.

Ele brinca comigo, faz-me festas, cheira a bué de bichos diferentes e deixa-me cheirar tudo... um bacano... que às vezes se passa, saca de uma cena afiada e espeta-ma sem pedir sequer autorização. Diz que são vacinas, mas se ele pensa que tem piada... não gosto.

Fico sempre um bocado chateado, com ele e com as minhas humanas que deixam o gajo fazer aquilo...

Nesse dia fui para a cama amuado e jurei a mim mesmo que um dia contava isto a toda a gente.

Está feito.

Tema da semana: Um dia na tua família... do ponto de vista do teu animal de estimação.

Alexandra escreve aqui

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Tema #11 3ª face

26
Nov19

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Porquê?

Porque me vieste deixar aqui, voltaste as costas e te foste embora?

 

Lembro-me nitidamente do dia em que me encontraste. Estava acabrunhado e  tremia de medo debaixo desta mesma árvore, onde agora me abandonas.

Apesar de pequenino e exausto, senti-me enorme quando as tuas mãos me agarraram com meiguice e, no teu colo, me afagaste até sentires que estava calmo.

Levaste-me para casa e fizeste de mim o melhor amigo.

Por isso saltitava tanto assim que te via chegar!

Fazia demasiado barulho para chamar a tua atenção?

Terá sido naquelas manhãs em que o sol brilhava e eu acordava cedo e não te deixava dormir?

 

Não percebo muito de humanos mas sempre achei que a tua família era também minha.

Mesmo naqueles serões quentes em que a azáfama de volta das abóboras não me deixava dormir…

Ou nas tardes frias de inverno, junto ao lume de chão. Tenho medo do fogo mas, por ti, aguentei o calor e o crepitar da lenha de sobro, que fazia saltar tantas fagulhas.

Pensei que havia ganho a tua confiança quando me levaste a passear nos campos e não fugi uma única vez.

Ouvi as tuas confissões, os teus soluços profundos pelos desgostos que também são meus.

Tal como tu, também não sei da minha mãe…também não teria sobrevivido se alguém, num acto de amor, não me tivesse abraçado. Foste tu!

 

Agora, vens-me deixar à sombra da mesma árvore e vais-te embora?

E levas essas lágrimas que finges não te molharem o rosto e pedes-me para ser feliz?

 

Aqui estou sozinho.

Olho em volta e já não me sinto tão pequeno.

A árvore tem uns ramos frondosos, que se agitam na brisa que ainda corre a esta hora.

O céu, de tão azul, apetece rasgar!

 

Sem saber como - porque nunca me ensinaste - sinto uma vontade enorme de me abrir.

Bato as asas e descubro que, mais do que os pequenos saltos que dava na gaiola… eu consigo voar!

 

E subitamente, torno-me inteiro.

Sinto-me feliz.

Afinal sou um pássaro e é na revoada que celebro a vida.

 

Tu sabias!

Sentiste que era a altura de me devolver ao meu lugar.

Eu só agora o descobri.

 

Às vezes, amar é isto:

Deixar ir.

Tema da semana: Um dia na tua família... do ponto de vista do teu animal de estimação.

3ª Face escreve aqui

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Tema #11 Triptofano

26
Nov19

Escovinha

Olá queridos leitores do Triptofano, quem escreve hoje sou eu, a Escovinha.

Sou uma das três porcas do Trip, mas modéstia à parte, sou a que mais classe possui, não fosse ser uma porquinha-da-índia de raça, com direito àqueles diplomas e linhagens familiares e coisas que tais.

A verdade é que já não era para estar aqui convosco, porque estive mesmo à beira de bater a bota, tudo devido a uma data de tumores que me apareceram de repente. Basicamente um dia estava bem e no outro parecia um saco cheio de noodles, duros e nada confortáveis.

Os tumores eram tão grandes que a minha qualidade de vida estava a deteriorar-se de dia para dia.

Quando respirava fazia-o de forma muito profunda e audível, como aquelas pessoas despidas dos filmes que o Trip gosta de ver à noitinha no telemóvel.

De vez em quando o meu intestino também fazia uns barulhos muito estranhos e não era rara a vez em que libertava um peido estratosférico, assim do género do que o meu papá deu e quase ia matando o gato, lembram-se?

Também o meu pêlo estava a cair todo, já estava a ficar carequinha, como aquelas senhoras que decidem depilar tudo para um encontro e depois descobrem que não conseguem controlar o jacto de urina e é ver o esguicho a voar em todas as direcções possíveis e imaginárias.

A minha sorte mudou quando os meus papás decidiram dar-me uma injecção de Leuprorrelina, uma coisa que origina atrofia testicular nos homens, mas que a mim, contra todas as previsões, fez com que os meus tumores regredissem no espaço de uma semana - um autêntico milagre da ciência.

O meu pêlo voltou a crescer, deixei de respirar ofegantemente, os meus peidos pararam, e comecei a comer feita doida!

E deixem-me dizer-vos que é fantástico ter dois pais panascas, porque eles compram vegetais biológicos e rações de marca e feno com pedacinhos de trevo selvagem, e outras paneleirices que só servem para gastar dinheiro, mas que eu e a as minhas manas não dizemos que não.

Na verdade, estamos tão gordas que cada vez que ouvimos o frigorífico a abrir ou um saco a ramalhar começamos logo a guinchar, desejosas que nos coloquem mais comida à frente para darmos ao dente.

Os papás também me estão a dar um multivitamínico à seringa, para eu ficar ainda mais forte, e eu adoro chupá-la. Fico mesmo deliciada, quase tanto como a Rosinha fica ao chupar um gelado! (eu ia falar do papá Trip e do quanto ele gosta de chupar pila mas depois lembrei-me que ele podia ir ler isto).

De resto os dias são calmos e serenos. Como, durmo, brinco um bocadinho, arrelio a mana, guincho à outra que está numa gaiola separada porque pensa que é vedeta, e de vez em quando lá tenho uma ou outra emoção.

A última que me lembro foi quando o papá Trip bateu uma punheta e depois esqueceu-se de ir lavar as mãos antes de me pegar ao colo! Haviam de o ver quando deu conta, ficou uma semana a pensar se havia alguma possibilidade de me ter engravidado, mas não se preocupem, eu fiquei bem e ele começou a tomar um anti-psicótico assim daqueles levezinhos!

Gostei muito de falar convosco!

Uma mordidela com carinho e até uma próxima.

Escovinha 

Tema da semana: Um dia na tua família... do ponto de vista do teu animal de estimação.

Triptofano escreve aqui

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Tema #11 Catarina Reis

26
Nov19

Já não estou entre vós. Tive dez bons anos de vida antes de sucumbir a uma doença. Quando digo dez bons anos quero mesmo dizer dez bons anos. Vivi rodeado de amor. Ao principio o amor dos meus donos era só para mim. Depois veio um pequeno ser de fraldas  e a tenção passou a ser dividida. Não passei a receber menos amor, antes pelo contrário aquele pequeno ser andava sempre grudado a mim. Entretanto adoeci e parti. Abençoada a hora.

Não me levem a mal mas aquilo virou uma casa de doidos. Depois de eu partir apareceram mais seres de fraldas. Dois deles tão iguais que nunca os conseguiria distinguir. Pequenas pestes que passam a vida a fazer traquinices. A minha dona quase que dá em doida com eles. Eu tenho pena dela. E o meu dono? Esse está mais branco que a Serra da Estrela em Dezembro. Sim, eu sei o que é a serra da estrela porque me levaram lá muitas vezes. Adorava brincar na neve. Os fedelhos também gostam. Seria divertido brincarmos todos juntos. Talvez não já os imagino a puxarem as minhas orelhas e o pelo.

Quem é que eu quero enganar! De facto aquilo virou uma casa de doidos. Falam alto, todos ao mesmo tempo. Por vezes parece que estão a discutir e às vezes estão mesmo. No entanto existem alturas em que os vejo todos aninhados no sofá a ver um filme e não sabem o que eu dava para estar lá. Imagino a lareira a arder e eu deitado ali ao pé. Um dos pequenos a desafiar-me para lhe abocanhar o chinelo ou para lhe dar uma lambidela na cara. São umas pestes mas eu também não sou flor que se cheire. Juntos íamos partir a casa toda.

Tema da semana: Um dia na tua família... do ponto de vista do teu animal de estimação.

Catarina Reis escreve aqui

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Tema #11 Maria

26
Nov19

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Tenho cerca de catorze anos e estou aqui desde os primeiros meses. Cheguei amedrontado mas eles conseguiram fazer com que me senti-se em casa, tivesse amor e fosse bem tratado. Brincam muito comigo e ensinaram-me a ser um deles. Quando posso fujo e gosto muito de andar a jogar à "caçadinha" no meio da rua, eles ficam fulos e eu corro muito, mas depois mansinho lá me vou sentar no início da escadaria. Eles resmungam mas passa-lhes rápido.

O pai da Maria senta-se muitas vezes aqui à minha beira a falar comigo e sinto que fala comigo como fala com os outros. Com as pessoas.  A mãe resmunga mais mas não me pode ver a fugir que fica aflita. E agora que estou mais velhote e adoentado anda sempre aqui a rondar como se a perguntar se estou bem. Eu aviso-a sempre que chega alguém para que ela saiba com o que contar. Chegaram a comprar-me brinquedos mas nunca fui muito de brincar com coisas, gosto mais de estar aqui à beira deles sentado a ouvir. Em mais novo fiz os meus estragos, mas agora "tudo tranquilo".

A Maria é minha amiga. Fala muito comigo, sentados os dois na varanda a ver a paisagem. Ao fim-de-semana vem tomar o café da manhã para as escadas cá fora para falar mais. Não gosto que ninguém estacione o carro no lugar do dela e faço um cagaçal quando assim acontece. Sempre que sai para trabalhar dá os bons dias e assim que chega cumprimenta. Só resmunga mais comigo quando está chuva ou frio e eu não vou para a casota que o Pai até alcatifou para ficar mais quentinha. Todos temos a sua panca, certo?

Estou velhote e sei que não durarei muito mais. Hoje a Maria desceu as escadas com uma mala e eu, que tenho andado cansado, levantei-me e fiz-lhe a festa do costume. Meio aflito porque queria ir com ela, mas ela antes de sair do portão com a mala disse-me que ia à Madeira passar uns dias e sossegou-me. Eu olhei para ela com olhos de saudade porque não sei se a tornarei a ver, e ela fez-me muitas festas na cara e disse para me portar bem e aguentar firme como sempre. Fiquei sentado nas escadas e ela foi. Até um dia!

[O Rex partiu a 2/05/2017 dois dias depois de eu chegar à Madeira]

Tema da semana: Um dia na tua família... do ponto de vista do teu animal de estimação.

Maria escreve aqui

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Tema #11 Miluem

26
Nov19

Lá está aquela porcaria a fazer barulho, logo quando eu estava a dormir tão quentinho.

 

Agora é que vais ver como elas te mordem!


Ups... ela acordou, vou fingir que só estava a ver o que se passa.

 

              Rom Rom ... Miau ... Miau


Desta já me safei, ela nem desconfiou que ia deitar tudo ao chão.


Agora vou atrás dela pedir mimos, comer e vigiar o que faz ... mas assim como quem não quer a coisa...


Vai sair, agora vou fugir, porque ela vai agarrar-me e esfregar a cara dela na minha.

 

Eu até gosto, mas é só quando me apetece.


Já foi, vou ficar quietinho mais um bocado, ela ás vezes volta atrás. Foi assim que fui apanhado com a boca na botija!


Vou ver se há alguma asneira nova para fazer, mas tenho a barriga cheia e sono.

 

Não sei que faça … se estiver sol fico na janela, senão vou para a cama está lá uma mantinha fofa para mim.


À tarde sei sempre quando ela chega!

 

Conheço os cheiros e sons, por isso mesmo que esteja a fazer asneiras vou para a cama e quando ela entra faço um ar apardalado de quem acaba de acordar.


Depois vou passar revista aos sapatos, roupas e mala para ver por onde andou.


Peço mais comer, prefiro patê, os meus dentinhos já têm alguns anos e custa-me trincar a comida seca.


Depois ela faz aquela coisa da comida e da roupa e dos pratos, e mete-se em água, cruzes credo, água só quando tenho sede!

 

Mas isso não interessa para nada, porque eu não entendo bem o que é aquilo.


Eu quero é ir dormir, quero colinho e quero a companhia dela, ando a miar que nem um desalmado por toda a casa a ver se vem atrás de mim.


Quando são horas de dormir, o pessoal vai todo para a cama, eu é claro que durmo com ela, sempre foi assim.


Na casa há outra parecida comigo, mas não interessa para nada.


Eu já cá estava antes, não gosto dela é uma lambisgoia graxista, tem a mania dona de tudo incluindo a minha mamã, também quer dormir na cama, quer os mimos todos, um estropício!

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Ela às vezes é querida... mas pronto, não gosto dela!

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Miluem escreve aqui

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Tema #11 Outra

25
Nov19

Será que falta muito para a dona sair para trabalhar? Mal posso esperar para me esgueirar lá para dentro para a cama da dona mais nova. Se o dono me deixar entrar como já é seu costume… ele vai levá-la ao trabalho e não são raras as vezes em que me deixa entrar.

Desculpem, nem me apresentei. Sou a “Melas”, diminutivo de ramelas. Sou uma gata tricolor e pertenço à 4.ª geração de gatos nascidos nesta casa. Por isso nasci com um problema nos olhos. Ninguém dava nada por mim. Foram os mais novos que trataram de mim e me limparam os olhos todos os dias… Mas vamos lá a um dia de aventura aqui em casa.

Quando a dona sai, o dono deixa-me entrar em casa. Vou de mansinho e salto para a cama da dona mais nova, aninho-me ali por cima da manta junto às pernas dela ou ao pé da cabeça. Espero que ela nem perceba que estou ali porque senão quer puxar-me e fazer festas, e isso é coisa que hoje não me apetece.

Ficamos as duas a dormir e quando ela se levanta também para ir trabalhar, sigo-a e fico à espera dela na porta da casa de banho. Ela vai tomar o pequeno-almoço depois. Há de chegar qualquer coisa para mim. Fiambre, queijo, mmmm maravilha.

Depois de todos saírem para trabalhar fico nas redondezas, a passear, caçar se me der fome e se estiver sol estendo-me no quintal…

Ao fim da tarde chegam todos, uns com mais pressa, outros nem tanto. Enquanto a dona trata do jantar vou-me enrolando nas pernas dela a ver se a convenço a fazer-me uma festa, ou a ir dar-me comida. Tenho sempre fome. Mas ela não facilita. Não me liga nenhuma.

Os mais novos chegaram. É hora de mimo. São capazes de estar um tempão a fazer-me festas. Ronrono de felicidade. Na hora de jantar deixo-me ficar debaixo da mesa sossegada enquanto jantam e conversam. Dão-me sempre algo para comer.

A minha parte favorita do dia é quando vão para a sala, ver televisão. Aninho-me num colo, ou junto das almofadas e ali fico a dormir. O que mais gosto é que sinto que estou mesmo em casa.

 

Neste momento não tenho nenhum animal de estimação, mas já tive alguns em casa dos meus pais e este texto vem dessas memórias.

Tema da semana: Um dia na tua família... do ponto de vista do teu animal de estimação.

Outra escreve aqui

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