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Desafio de Escrita

Tema 1 - A Miúda

16
Mai21

É certo e sabido que toda a rua tem a sua patrulha. Não, não estou a falar de
patrulha policial, mas antes daquela pessoa, ou grupo de pessoas, que sabe sempre tudo o
que acontece na sua rua e tudo o que se passa na vida dos vizinhos. Desengane-se quem
acha que a coscuvilhice é um exclusivo do género feminino; o masculino não está, de
todo, excluído destas andanças.
De um lado e do outro, existem grandes casa, altas e floridas. No ar, corre uma
leve brisa que transporta o cheiro das flores e o chilrear alegre dos pássaros. As comadres
preparam-se para o relatório do dia. Uma delas, a mais baixa, um pouco corcunda e alegre,
mora no final da rua. A outra, alta, de olhos escuros e rosto simpático, mas matreiro, mora
no meio. A terceira, a mais nova, mais alta e mais simpática, mora no início. Os mais
atrevidos poderão dizer que escolheram as suas casas a dedo, em posições estratégicas
para terem uma melhor visão de tudo o que acontece, mas isso não é verdade. Foi apenas
uma coincidência.
Quem deu a notícia às outras duas foi a mais nova. Contou-lhe o Sr. Amílcar, o
vizinho da frente. Ao que parece, há um novo desafio que anda a deixar a aldeia
empolgada.
- O quê? Um desafio de quê? – pergunta a do rosto matreiro.
- Segundo consta por aí, é um desafio de escrita – responde a porta-voz da notícia.
Acho que é lançado um tema e depois cada um escreve o que lhe apetece sobre ele.
- Ah, já estou a perceber. É capaz de ser divertido. Será que também posso
participar?

A Miúda escreve aqui

Tema 1 - Introvertida

15
Mai21

Adelaide puxou o banco e sentou-se à janela. De braços cruzados sobre o parapeito, fechou os olhos e deixou-se absorver os últimos raios de sol daquela tarde de verão tórrida, tão comum naquela zona, mas ao qual nunca se habituara. O calor afastava da rua a maioria dos aldeãos e os mais irrequietos molengavam-se nos bancos de pedra do largo da Igreja ou faziam conversa fiada à porta do café central. Àquela hora começaram-se a ouvir os primeiros passos do final de tarde. O ranger da gravilha miúda na calçada de granito, das beatas que se apressam nas suas últimas tarefas antes da missa. Ouve-se, de fundo, conversa miúda sobre a roupa que já deve estar seca e os tantos motivos que os levam a sair à rua àquela hora.

O toque dos sinos ecoou por toda a aldeia aumentando o alvoroço e a velocidade das passadas na gravilha. A Igreja já não enchia para a missa como em tempos idos mas continuava a ser um ponto de encontro e, acima de tudo, o ambiente perfeito para mexericos. Era comum as devotas mais velhas ficarem a tecer conversa até noite caída, sentadas nos bancos de pedra, certas de que ninguém as escutava. Adelaide morava numa das muitas ruas que iam dar ao largo da Igreja mas era pouco movimentada. As casas estavam vazias, muitas abandonadas e reivindicadas pela natureza e tantas outras já derrubadas mas tão perfeitas para inquilinos felinos.

Os sinos pararam e, ainda de olhos fechados, virada para o sol, pareceu-lhe ouvir vozes. Já estava habituada ao silêncio e soube que não era da sua cabeça. Atentou, quanto pode, aos sussurros, para ter a certeza de que não era da sua cabeça. Afinal de contas a idade também já pesava. Mas quanto mais se concentrava mais tinha a certeza de que estavam, pelo menos, duas pessoas a sussurrar não muito longe dali. Mesmo ali, ao virar da esquina. Quando Adelaide deixou de sentir o sol na cara, abriu os olhos para fechar a janela e voltar para dentro de casa. No mesmo momento, perdidas nas suas risadinhas e alheadas à sua presença, três moças novas que ela já não conhecia viraram a esquina não conseguindo conter, desta vez, um coro de gargalhadas estridentes.

 

Woman By The Window, 1936 - Pablo Picasso

 

A Introvertida escreve aqui

Tema 1 - Carla

15
Mai21

Ela não me disse isso claramente.  Não o afirmou, mas é como se o tivesse feito. Plantou a semente da incerteza, da dúvida e do mal-estar. Não era um mal-estar derivado das suas palavras, era algo anterior a isso e anterior à chegada dela.


Eu não confiava nela. Desde a sua chegada que tentava minar a minha relação com as outras raparigas que ali trabalhavam. Falava mal delas constantemente e tenho a certeza de que também lhes falava mal de mim.

Mas eu queria agarrar naquilo. Estupida e cobardemente, eu queria agarrar naquilo. Queria fazer crescer em mim aquela semente de incerteza, agarrar-me a uma pontinha de verdade, acreditar verdadeiramente que as minhas colegas de vários anos gostariam de ver a recém-chegada a substituir-me.

Trabalhava ali há quatro anos.
Tinha passado horas inteiras naquele corredor cheio de lojas de roupa para crianças, numa loja que vendia roupas cheias de folhos, laços e sapatinhos de veludo. Não gostava. 

Tinha lido livros inteiros atrás daquele balcão, colocava música eletrónica depois das 23 horas e desenvolvi conversas e relacionamentos que haviam de mudar completamente a minha vida.

Estava farta. Estava amenamente farta. Estava com uma inquietude passiva, sem avançar nem recuar…  Então, dava-me mesmo muito jeito acreditar no que a rapariga nova estava a insinuar. As minhas colegas e amigas gostariam de me ver pelas costas, apercebera-se ela.

Não acreditei. Mas resolvi ganhar um pouco de maturidade e fazer alguma coisa.

Comecei a procurar outro emprego.
Fui a muitas entrevistas, nem me lembro já para que cargos e para que empresas.  Estava quase sempre nervosa, insegura. 

Um dia, deixei de querer saber. Deixei de me preocupar. Continuei a ir a entrevistas, desta vez sem qualquer nervo, nem grosso, nem miúdo.

Fui entrevistada por um senhor de barba, um psicólogo, dono da empresa. Era uma empresa de testes psicotécnicos.
Durante a entrevista percebemos que tínhamos algo em comum: o gosto por cinema. Tivemos uma conversa agradável. Conversei com o dono da empresa como se conversa com um tio de quem gostamos muito. O tema era bom.

Apertou-me a mão e disse: “Está contratada.”.


 No dia seguinte disse às outras raparigas: “Vou-me embora em 3 dias.”

Continuámos amigas.



 Elas foram visitar-me ao novo emprego, assim como foram visitar-me até ao outro lado do Atlântico, quando mudei de emprego e de vida novamente.

Nunca mais ouvi falar na outra rapariga.

A Carla escreve aqui

Tema 1 - Marta

14
Mai21

O abraço certo 

 

Duas amigas conversavam sobre a pandemia, e como a mesma tinha privado tanta gente de afetos, de beijos, e de abraços.

Lembrando-se de uma história que lhe tinham contado em tempos, uma delas perguntou à outra:

- Sabias que, para cada pessoa, há um abraço certo? Aquele que encaixa na perfeição, e que tem o efeito que mais nenhum consegue?

- Para mim todos os abraços são bem-vindos! Não sei onde é que foste buscar essa teoria.

- Não é uma teoria. Parece que houve mesmo alguém que já o experimentou.

- Ai sim? Então conta lá como é que isso aconteceu.

- Parece que a filha de um comerciante, lá da aldeia, vivia num permanente estado de tristeza e inquietação, desde que a sua mãe a tinha deixado, para fugir com outro homem.

A vizinha, que tinha a mania que era curandeira, disse ao senhor que a sua filha precisava apenas de um abraço.

Então, o pai começou a abraçar a filha, sempre que estava com ela. Mas não resultava. Ela continuava triste.

Pediu então ao irmão dela que tentasse. Mas também não funcionou.

Ao longo do tempo, foi pedindo aos familiares para o fazerem, mas ela parecia cada vez mais incomodada com tantos abraços que, de repente, toda a gente lhe queria dar, sem sentido.

Farta daquilo tudo, combinou com um amigo dar um passeio pelo bosque.

Durante algum tempo, caminharam calados, entregues aos seus pensamentos. Até que se sentaram ao pé de uma árvore, com o riacho a correr à sua frente, e foi quando ela desabafou com o seu amigo, que se sentia triste, cansada, insegura, desde que a sua mãe a tinha abandonado.

E que, apesar de ter o seu pai, e o irmão, eles ainda a andavam a deixar mais desconfortável, desde que tinham decidido pôr em prática o conselho da vizinha.

Não era por toda a gente anda a dar-lhe abraços, quase forçadamente, que ela iria sentir-se melhor.

O amigo, não sabendo como consolá-la, instintivamente, puxou-a para si, com as costas dela contra ao seu peito, e abraçou-a.

E ela, pela primeira vez, deixou-se ficar.

Pela primeira vez, sentiu-se relaxar.

Sentiu-se segura e protegida.

Sentiu-se mais leve, do fardo que até aí carregava.

Afinal, a curandeira tinha razão.

Ela só não tinha experimentado ainda o “abraço certo”!

- E tu acreditas mesmo nisso? – perguntou a amiga, depois de ter ouvido a história.

A amiga, sem saber o que dizer, limitou-se a encolher os ombros…

 

A Marta escreve aqui

Tema 1 - Mariana

14
Mai21

E nunca mais fui a mesma desde então. Aquelas palavras entraram pelos meus ouvidos e feriram-me quase tanto quanto balas numa guerra que não pedi para participar.

Primeiro, fiquei chocada. Não quis nem consegui acreditar. Foi como se o chão me fugisse debaixo dos pés e eu caísse num qualquer alçapão que entretanto se abriu. Depois, quando o choque passou, senti raiva. Uma chama intensa que me subiu espinha acima, me fez gritar a plenos pulmões uma bruta asneira e me deu vontade de esmurrar uma parede. Por fim, o desgosto... A tristeza... O desconsolo.

Eu merecia tudo menos isto. Eu merecia tudo menos que me dissessem, com a naturalidade com que se diz que está sol, que comeram os meus dois últimos quadradinhos de chocolate.

 

A Mariana escreve aqui. 

Tema 1 - Ana Mestre

13
Mai21

 

Desde pequena, sempre ouvi dizer, que numa local remoto de Portugal, há muitos anos, apareceu uma senhora, em cima de uma azinheira, diziam que era a Nossa Senhora...

Foi o que ouvi...

Quando comecei a ter um certo entendimento, resolvi pesquisar, queria saber o que realmente ali tinha acontecido, dizem que a 13 de maio de 1917.

Li muito, muito, muito, e embora tivesse tido muitas oportunidades, só fui a Fátima quando já era adulta. Foi uma escolha minha, não me foi imposta por ninguém.

Nunca fui à catequese, o sr prior que aparecia invariavelmente às quartas feiras na escola, deixava o papelinho, para a inscrição na catequese, que eu, invariavelmente não entregava aos meus pais.

A religião nunca me foi imposta, embora me tivessem batizado aos três meses de idade, aí não poderia fazer grande coisa.

Adiante...

Li tudo e mais alguma coisa sobre Fátima, li e reli, e já adulta vou a Fátima, por minha decisão, porque eu decidi e...

Porque eu acreditei...

Desde pequena, sempre ouvi dizer, que numa local remoto de Portugal, há muitos anos, apareceu uma senhora, em cima de uma azinheira, diziam que era a Nossa Senhora...

Foi o que ouvi...

 

A Ana Mestre escreve aqui

Tema 1 - José da Xâ

13
Mai21

Desafio de escrita dos Pássaros – tema1
Valdemar acordou repentinamente com o toque insistente do telemóvel! Estremunhado
da noite mal dormida e demasiado bebida, pegou no aparelho, viu o nome, fez um gesto
de enfado, mas atendeu:
- Estou… - responde com voz sonolenta.
- Bom dia Val! Acordei-te?
- Não… estou já no gabinete! – e após um breve silêncio - Claro que me acordaste.
- Temos pena, mas tens de te despachar que houve um homicídio.
- Logo a esta hora… - suspirou profundo - Está bem, está bem, dá-me a morada que vou
já para lá.
O inspector Valdemar era um daqueles jovens agentes, assaz competente, mas muito
boémio e que raramente andava de carro. Preferia os transportes públicos ou até mesmo
andar a pé. Por isso e após ter recolhido a morada colocou-se a caminho.
Ao entrar na rua onde ocorrera o crime apercebeu-se do ajuntamento, normal nestas
ocasiões, e aproximou-se lentamente tricotando entre a multidão como se não fosse
nada com ele. Muitos carros da polícia, muitos agentes, ambulância, tudo para lá das
fitas azuis e brancas. A costumada confusão e parafernália.
O agente Valdemar era conhecido pelas suas técnicas muito peculiares de dedução e
resolução de crimes. Considerava a opinião pública, por mais básica que fosse, uma
chave essencial nas suas investigações e nunca achava despiciente o que lhe
diziam, mesmo que meramente opinativo. Todavia fazia-o sempre sobre a capa do
anonimato.
Do lado de fora da zona proibida a estranhos, as pessoas juntavam-se, falavam e
comentavam, sem contudo saber concretamente o que acontecera:
- Dizem que se atirou do telhado…- palpitava um.
- Coitada – respondia uma velha mulher.
- Droga, isso foi droga – deitou-se adivinhar outra idosa embrulhada num xaile negro.
Depois acrescentou – Um primo do meu falecido marido fez o mesmo… Só desgraças.
Entretanto alguém assumiu:
- Foi uma navalhada no pescoço. A minha irmã acabou por me dizer agora por telefone.
Ela mora lá no prédio.
Alguns dos mirones acabaram então por desistir da curiosidade quando escutaram as
actualizações. Já não tinha qualquer piada...

O polícia anónimo ouvia, mas escusava-se a falar. Entretanto chegou perto de uma
mulher mirone que não se envolvera na conversa anterior e quase em surdina
perguntou-lhe:
- Bom dia, o que aconteceu ali, sabe?
- Bom dia… Ui uma desgraça…
E sem esperar nova pergunta continuou:
- Parece que mataram alguém. Dizem que foi por causa da droga.
- Ai sim?
- Foi o que eu ouvi.
- Ah, obrigado! Tenha um bom dia.
E passou por debaixo da fita mostrando a identificação a outro polícia, enquanto a
mulher curiosa com quem acabara de falar, abria a boca num espanto desmedido.

 

O José escreve aqui.

Tema 1 - Rita

12
Mai21

Ouvi, um dia, um sussurro. Ao mesmo tempo, um arrepio.

Olhei em volta, não vi ninguém.

De repente, de novo aquela voz. E penso: esta voz...

Novamente, olho em volta e nada vejo. Sei que a conheço, mas não pode ser!

Já cá não está a quem pertence...

Mas mesmo assim eu sinto. Mesmo assim eu sinto-te!
Mais uma vez voltas a soprar-me aquelas palavras que eu não entendo, mas agora sabendo que és tu a falar.

É a tua voz que eu ouço dizer para sempre os meus sonhos seguir.

Que estarás lá para me guiar, ao meu lado sempre a sorrir.

Dizes-me que estás contente comigo. Dizes-me para sempre em frente ir.

Terá sido isso que ouvi?

Terás dito para continuar?
Sim. Eu sei que sim.

Sei que era o que querias para mim.

Dizes para ganhar asas e voar...

 

A Rita escreve aqui

Tema 1 - Maria Araújo

12
Mai21

Deitada na cama da fisioterapia, separada por uma parede em pladur, acontece uma conversa entre dois homens.

-Já fui vacinado, a coisa está a andar, está a correr muito bem.

-E olhe que está muito bem organizado, não tem grandes filas, o tempo de espera é diminuto. Estão de parabéns quem está à frente desta responsabilidade aqui na cidade.

- Sim. Desde o início da vacinação que aqui não falha nada, comparada com outras cidades que vemos nas notícias...

- Apesar dos problemas de agendamento das vacinas, este homem da Task Force tem isto organizado, é metódico. Os tropas são muito bons nisto. Foi uma boa opção DGS passar esta responsabilidade para as suas mãos.

- Eu tomei a vacina da Pfizer, mas esta semana passam a ser as vacinas da Astrazeneca e Moderna.

E ela, deitada na cama, falou para o seu decote "Amanhã vou ser vacinada, vai sair-me na rifa a da Astrazeneca".

Deitou-se cedo, tomou o comprimido para dormir.

No dia seguinte, confirmou-se: saiu-lhe na rifa a Vaxzevria.

A Maria Araújo escreve aqui

Tema 1 - Maria

11
Mai21

Na verdade, cada um tem a sua história e ninguém sabe o que lá vai dentro. Mas foi isso que aconteceu.

Mas matou-se mesmo?

Sim. Matou-se. E temos todo um lugar em consternação. Primeiro ninguém supôs quem tivesse sido, depois a trágica notícia caiu que nem uma bomba para todos os que a conheciam.

Ainda estamos parvos. Qual seria a razão para tal?

É fácil criar burburinhos depois de as coisas acontecerem. Principalmente sobre alguém que jamais se imaginasse que tivesse esse desfecho... aparentemente tudo estava bem. Boa família. Vida organizada. Mas aconteceu... Até à hora, diz-se, fez a sua vidinha normal, foi aos sítios onde tinha marcado ir, esteve com quem tinha combinado, mas depois parece que disse vou ali e já venho...

Seria depressão?

Pois... aquela doença que tanta gente luta e que por quem passa ao lado não acredita, desvaloriza... há até quem diga que são manias. Lamentável! Mas na verdade pode ter sido. É claro que isto são suposições, e sabes como é o diz que disse... mas não querendo acrescentar mais um ponto pode muito bem ter sido isso. Parece que nunca tinha falado em tal, mas se calhar lá dentro já era algo que podia estar na cabeça dela. Ou então foi um acto irreflectido.

Assim do nada?

Como assim do nada? Uma pessoa de fora nunca sabe se é assim do nada. Cada um tem a sua história e só a pessoa sabe o que lá vai dentro. Podemos supor o que quer que seja. Pode inventar-se mil e duas coisas. Pode até não se perceber de todo. Mas só a pessoa saberá o que a levou a tal passo. O que a fez achar que seria a melhor opção. Ou a única vá.

- Acabar com a própria vida nunca é a melhor opção!

Mas isso é o que pensamos quando estamos cientes disto que é especial - viver. E quando não estás? Vivemos tempos difíceis psicologicamente. E com certeza há muitas pessoas que precisam de ajuda e que não chegam sequer a pedir. É importante trabalhar isso. É importante partilhar mais a mensagem que há tratamentos, ajuda psicológica e a sociedade tem que estar mais receptiva nisso. Em olhar mais o outro. Em não desvalorizar quem pode estar a sofrer muito com isso e a incentivar qualquer pessoa a ter a coragem de aceitar o que lhe está a acontecer e que há quem lhe possa dar a mão.

Mas vai na volta não foi disso. Não posso confirmar. Sabes como é.

A Maria escreve aqui