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Desafio de Escrita

Tema #2.4 - Lara Monteiro

24
Fev20

- Já procuraste bem? Tens a certeza que é assim tão longe?

- Sim mãe é. Tu queres ir para um lado e aquilo é para o outro! Procurei no Google e são mais de 300Km de distância!
- O Google está errado! Diz-lhe que a D.Ermelinda foi lá a outra semana e disse que era perto! Liga-lhe e diz-lhe isso, também não te pode fazer de parvo filho!
-Ligo a quem mãe?

-Ao Google filho! Não me estás a dizer que ele te disse que era longe? Ele está a enganar-te!

- Oh mãe!  O Google é…olha esquece! Tens razão! Talvez me esteja a enganar…

 

Não valia apena estar a tentar explicar à mãe o que era o Google. Tinha demência... Há mais de dez anos que estava internada na psiquiatria. Não tinha melhoras, pelo contrário, a doença aguçara-lhe também a teimosia e destruíra o bom senso. Perdera o norte e já não sabia onde vivia sequer. Agora metera na cabeça que queria ir visitar umas grutas sabe-se lá onde. Gonçalo já não sabia como a podia dissuadir. Tentara dizer-lhe que era longe… mas até uma Dª Ermelinda (imaginária!) ela tinha conseguido criar para lhe dar razão.

Havia dias que não eram fáceis. A demência destruía uma pessoa de tal maneira que, a maioria dos dias, nem a reconhecia. Não era a mãe que tanto o amava, que tudo tinha feito por ele. Era só um corpo com uma cabeça completamente alterada.

 

Quase todos os dias Gonçalo chorava depois de sair da visita. A maioria dos dias não o reconhecia e confundia-o com o pai que os abandonara quando Gonçalo era pequeno; nesses dias, ela ficava completamente alterada ao vê-lo. Às vezes, já duvidava se as suas visitas lhe fariam mais mal que bem…

 

A demência destruíra a sua mãe. Mas nunca iria destruir as boas recordações, os bens momentos que tinham passado juntos. Ela podia não se lembrar, mas ele fazia de tudo para nunca se esquecer.

Tema da semana: O Google está errado

Lara Monteiro escreve aqui

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Tema #2.4 - Ana Catarina

24
Fev20

O Google tem muitas facetas, se fosse uma pessoa seria alguém com privação de sono com a quantidade de profissões que lhe são impostas. Ele é médico, é psicólogo, é chef de cozinha, é matemático, é mecânico, é informático, é advogado, é dona de casa, é designer, é fotografo, é escritor…. É claro que nem todos os resultados apresentados por ele nessas áreas são irrevogáveis, aliás é tudo um bocadinho questionável. Mas quem nunca se enganou? No fundo acaba sempre por ser uma grande ajuda, quanto muito desperta-nos a estarmos alertas para alguma situação, e então consultar alguém mais experiente. No entanto para mim a pior profissão do Google, e aquela em que apresenta piores resultados, é, sem dúvida, a de Tradutor!

Não é como as legendas de um filme, que tem expressões mal traduzidas e que nos aborrece, não! O Google tem o poder de trocar pronomes com determinantes, e traduzir palavras para coisas sem nexo nenhum.

E o pior é que muita gente continua a recorrer ao uso deste senhor para a tradução de texto e mensagens ou para eventualmente traduzirem frases para colocarem na descrição de fotografias que publicam nas redes sociais! SOCORRO!

O melhor é caso não percebam inglês, não traduzirem no Google. Peçam ajuda a alguém ou, simplesmente. escrevam em português.
Do ponto de vista de uma bilingue que sempre preferiu o inglês à língua portuguesa, tenho hoje a declarar, que a nossa língua é linda! A língua portuguesa consegue ser melódica. Com poucas palavras nossas constroem-se poemas e canções e que fazem sentido!!

Não precisamos de fingir que sabemos falar inglês ou outra língua qualquer com o Google tradutor, vai correr mal, na pior das hipóteses ainda insultamos alguém….

Usar o tradutor sem o mínimo conhecimento de uma língua, é como querer tocar piano só com uma mão e com etiquetas nas teclas, sem o mínimo conhecimento musical…. É muito limitado.

O meu conselho é, caso queiram traduzir textos para trabalho ou frases para redes sociais, então, façam um uso responsável do tradutor. É que, por norma, o Google está errado.

Tema da semana: O Google está errado

Ana Catarina escreve aqui

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Tema #2.4 - Ana Sofia Neves

24
Fev20

O Google está errado! A palavra Google surgiu através de um erro de digitação.

Utilizamos o Google diariamente mas a maior parte das pessoas nem sonha o que quer dizer a palavra Google.

A palavra Google surgiu como um trocadilho  da palavra "googol", um termo matemático para o número representado pelo dígito 1 seguido de cem dígitos 0, para mostrar que a quantidade de informações que procuramos é infinita.

 Pode-se dizer que a palavra agora conhecida foi um erro de digitação, por pensarem que se escrevia google e mesmo sabendo isso, os sócios gostaram do resultado e em 1998 surgiu a empresa Google Inc.

Vocês sabiam?

Tema da semana: O Google está errado

Ana Sofia Neves escreve aqui

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Tema #2.4 - 3ª Face

24
Fev20

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Por acreditar ou simplesmente para manter viva a memória do tio Dino, tentei seguir os seus conselhos quando me atrevi a iniciar relacionamentos.

Mas foi difícil. Sempre fui tímido e com pouca auto-estima, o que me levou a inibir muitas paixonetas.

Por isso, quando me apercebi que a Net podia ser usada para encontros, tomei coragem para experimentar.

Atrás do ecrã e de um nome falso foi muito mais fácil. Oh, se foi!

Num site (não revelarei qual para não correr riscos de ser identificado) descobri a minha veia sedutora. Encarnei um personagem tal como o tio Dinão já o fizera!

Não fosse a chata da Lei de Protecção de Dados e mostrar-vos-ia, aqui, algumas fotos que me mandaram… 

 

Uma das belas mulheres cativou-me. O seu olhar penetrante e atrevimento não me foram indiferentes.

Depois de várias insistências da sua parte, convenci-me para um encontro.

 

Um jantar.

Ok. (a noite é propícia para os tímidos)

 

Na próxima segunda-feira

Óptimo. (posso fugir com a desculpa de trabalhar cedo)

 

Num restaurante vegan, que ela não come carne.

Melhor ainda! (Com os nervos, tenho tendência para enrolar a carne e não a engolir)

 

À minha escolha.

Pior! (não conheço nenhum)

 

Lá andei a pesquisar no Google: preço acessível, ambiente romântico, vegan.

Combinei o local.

Às 20.00 h, junto à porta.

O primeiro a chegar espera com um livro na mão, como sinal…

 

Mal dormi nos dias seguintes.

 Fujo? Apareço? Disfarço-me e vou sem ela perceber?

 

Às 18.00 h, o chefe chama-me.

- Pontinha, temos um erro no relatório! Corrige-o antes da Administração se aperceber!

 

Despacho-me às 19.30h e corro para o metro.

Só depois  me apercebo que não levo o telemóvel.

Muito menos o livro, como suposto…

Saio do metro  e lá compro um livro: cozinha vegan (há que impressionar)

Volto para o metro mas algo corre mal.

Uma avaria!!!

 

Quando chego ao restaurante faltam 15 minutos para as nove.

A porta está fechada. As luzes apagadas. Ninguém nos arredores…

 

“Encerra à segunda-feira”

 

O Google está errado! Diz que o dia de descanso é à terça!

 

Ainda aguardei mais 15 minutos. Ela também poderia estar atrasada.

 

Mas talvez o Google esteja certo…

O Amor não chega por fibra de vidro ou wi-fi.

Tampouco é um livro que se escolhe numa prateleira e levamos debaixo do braço.

 O Amor é um calhamaço que nos atinge quando passamos no meio do nada, inesperadamente.

 

Mas isso só vim a descobrir muito mais tarde...

 

Tema da semana: O Google está errado

3ª Face escreve aqui

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Tema #2.4 - Alice Barcellos

24
Fev20

Iniciava-se mais uma aula de história, os alunos consultavam os seus hologramas interativos, enquanto a professora tentava controlar a agitação da turma.

- Atenção, meninos, acabou-se a confusão. Vamos lá começar a aula! – exclamou Maria Augusta, do alto dos seus 60 anos, enquanto apontava na agenda o tema da aula. "Já estamos a 20 de fevereiro de 2030, como este mês passou rápido", pensava, enquanto escrevia com uma caligrafia cuidada.

Era uma mulher madura, inteligente, que adorava o que fazia, embora houvesse dias em que se sentia quase vencida pelo ritmo acelerado com o qual os miúdos chegavam às aulas.

Tinha saudades da época em que se ensinava ao ritmo do giz a traçar as letras no quadro negro e do folhear das páginas dos livros. Havia mais tempo para pensar.

Olhava para aquelas crianças e sabia que elas nunca iriam conhecer o mundo a.G. – antes do Google –, como ela costumava dizer, em tom de brincadeira, embora os miúdos nunca apanhassem o sentido da expressão.

Como ensinar história numa época em que o passado não era valorizado, tampouco conhecido? Como explicar o peso dos acontecimentos a miúdos que só se preocupavam com as reações geradas nas redes sociais e as polémicas que circulavam à velocidade da luz na internet? Não era fácil, mas ela não ia desistir. Não queria que a História entrasse para o rol das disciplinas extintas, como já havia acontecido com a Filosofia ou com o Latim.

Estavam a falar sobre a Revolução Industrial e a professora pediu aos alunos para mostrarem imagens de ícones da época. João foi o primeiro a projetar a sua imagem, seguindo-se da explicação:

- A Torre Eiffel em Paris simboliza a era industrial.

No momento em que a imagem foi projetada, Maria Augusta teve a certeza de que aquela não era a Torre Eiffel.

- Um bom exemplo, João. No entanto, a tua pesquisa está errada. A imagem apresentada não corresponde à verdadeira torre – disse a professora.

- Como assim? É o resultado da pesquisa do Google, não é possível estar errado! – respondeu João, indignado.

O burburinho começou a crescer na turma. Os miúdos não acreditavam como o Google poderia ter errado.

A professora, apaziguadora, disse que a imagem em questão era de uma réplica da Torre Eiffel construída em Paris, Texas, nos Estados Unidos. Portanto, a máquina não estava, de todo, errada, mas o João, sim, pois não fez a pesquisa com atenção. Para chamar os miúdos à terra, puxou do seu bom e velho Atlas Histórico e saltou até ao capítulo da Revolução Industrial. Ver livros em papel era uma raridade e, para as crianças, era um objeto que surpreendia. Parece que só de sentir o cheiro e o peso dos livros já ficavam mais calmas.

- Meninos, venham cá e vejam.

Naquele instante, as crianças esqueciam os aparelhos eletrónicos e as pesquisas feitas à pressa, só observando a forma compenetrada como a professora contava aquela história. Um momento sublime que fazia Maria Augusta ganhar um novo ânimo para não desistir da sua missão neste mundo.

Tema da semana: O Google está errado

Alice Barcellos escreve aqui

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Tema #2.4 - Gabi

24
Fev20

O Google está errado

 

Como o Google está errado???

 

O horror toma posse de mim.

Em choque e incrédula continuo a escrever.

 

Errado, o Mago super sapiente a quem recorro sempre em primeira e última instância?!!!

Quando quero saber mais sobre algum facto histórico, cinema, músicas, pinturas, livros, ter a certeza sobre como se escreve uma palavra – antes e após acordo ortográfico – traduzir de outra língua uma palavra ou um texto, dicas sobre receitas de cozinha, lavagem de roupa, doenças e medicamentos, perder tempo com notícias que não interessem a ninguém, encontrar o endereço para blogues, etc. etc. errado?!!!

Mas, Ele sabe sempre tudo!

 

Pequena pausa porque me ocorreu grande ideia, vou perguntar ao Google o que é Ele acha disto e já volto (…).

 

De volta e já mais tranquila: pode ter havido erros, mas o Google corrigiu-os e corrige-os.

Estamos salvos. Posso respirar de alivio de novo.

O Google pode errar de vez em quando, sublinhe-se, muito de vez em quando, de certeza, mas Ele corrige! Merece que continue a confiarmos Nele, a deixar-nos guiar por Ele!

Tema da semana: O Google está errado

Gabi escreve aqui

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