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Desafio de Escrita

Pré Desafio Daniela Maciel

25
Jan20

Os pássaros aproximam-se. Os seus chilreios ainda são suaves, mas consigo ouvi-los do lado de fora da janela, enquanto escrevo estas palavras.

Vou participar num desafio de escrita.

Acompanhei a primeira edição do Desafio dos Pássaros porque uma amiga minha participou. Todas as semanas visitava o blogue dela para conhecer mais uma história. Achava engraçado ver como ela interpretava cada temática, dando asas à sua imaginação. Sempre que sentia necessidade de acalmar a minha curiosidade, colocava-lhe perguntas acerca do desafio. A cada semana que passava, via-a mais entusiasmada e comprometida com esta aventura.

De certa forma, esse entusiasmo acabou por me contagiar e dei comigo a inscrever-me na segunda edição do Desafio. Agora que ele está prestes a ter início, cresce a vontade de conhecer a primeira temática.

Os pássaros aproximam-se. Desvio a cortina e observo, cada vez mais perto, uma massa com contornos coloridos. São dezenas e dezenas de pássaros. E voam todos na minha direção.

Aceitei este desafio porque preciso de um exercício diferente e original que me permita voltar à escrita. Após vários meses sem escrever de forma regular, sinto-me mais enferrujada, menos paciente, menos criativa. Afinal de contas, a escrita é como um músculo, precisa de ser treinada todos os dias para se tornar forte.

Espero que este desafio me ajude também a treinar a minha capacidade de síntese. Os nossos textos não devem ultrapassar as quatrocentas palavras, o que é um problema para mim. Quando me entusiasmo com a escrita, não consigo respeitar limites. Recordo-me de quando participei num concurso para uma antologia, em que o limite máximo era de dez mil palavras. Recostei-me, despreocupada, na cadeira, e desatei a escrever, pensando que não havia razões para me preocupar. Assim que redigi a palavra fim, deparei-me com quase quinhentas palavras a mais. O limite não podia ser ultrapassado; não queria correr o risco de ver a minha participação excluída por esse motivo, por isso tive de cortar aqui e ali, até o número de palavras ser aceitável.

São estas as razões que me levam a querer participar. Acredito que será algo bem desafiante!

Os pássaros aproximam-se. Os seus chilreios são agora mais ruidosos. Curiosamente, o barulho não me parece ensurdecedor. Estou preparada. Abro a janela e deixo-os entrar.

 

Daniela Maciel escreve aqui

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Pré desafio Miss X

25
Jan20

Quero escrever até ao fim do mundo.

Uma escrita torta pelas linhas que se endireitam ao seu passar.

Não se escreve até que a alma nos doa no dedilhar de uma guitarra. Escreve-se até que a voz nos falte no estremecer de um fado que nunca será de saudade.

Que as almas não doem quando se escreve.

Oram.

 

Miss X escreve aqui

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Pré desafio Miss Lollipop

25
Jan20

Desde que me lembro de ser gente, que escrever para mim é uma ato natural.

Orgulhosa da minha imaginação delirante, sempre acompanhada por blocos multicolores, nos quais rabiscava ideias, frases, pensamentos, vivências e tudo e mais alguma coisa, cadernos sem conta com histórias infantis, pequenos contos, reflexões, crónicas.

Descobertas as novas tecnologias, entrei no mundo dos blogs, nunca porém, abandonando os meus fiéis blocos e cadernos, pois a escrita manual tem outro encanto e o cheiro das folhas nunca poderá ser substituído pelo ritmo mecânico do teclar.

A meio do ano passado, vi a minha vida virar do avesso com o internamento prolongado do pilar da minha vida, admoestada por sucessivas infecções. Deixei de ter vida própria para a acompanhar em permanência, dela tratando, cuidando, acarinhando, para o desfecho ter sido o pior possível.

Com a perda do meu pilar, o meu mundo ruiu, perdi a fé, a vontade de fazer qualquer coisa, fiquei com o pensamento estagnado, com a imaginação bloqueada.

Deixei de publicar nas redes sociais, abandonei totalmente o blog, as leituras, a escrita, e entrei numa espiral de desânimo com a esperança de que tudo não passasse de um pesadelo.

Mas no meu íntimo sabia que não podia continuar assim. Quem à minha volta se manteve firme e hirto não merecia tal torpor, que nem eu própria merecia.

As diversas vezes em que tentei voltar ao blog, pelo menos às leituras que sempre animaram o meu dia, não foram bem sucedidas, mercê de uma falta de coragem e de uma falta de vontade atroz.

Até que, finalmente me decidi a enfrentar o mundo de frente e de cabeça erguida, e decidi que desta semana não passaria, pelo que munida de uma dose extra de coragem, retomei o contacto com o meu mundo virtual que me apraz e distrai, e o bem que me fez e que me soube, não tem explicação.

Dizem que não há coincidências e que tudo acontece por uma razão, e foi assim que me deparei com este desafio, e decidi desafiar-me a mim própria ao inscrever-me e obrigar-me a fazer aquilo que mais adoro, deixar as palavras fluir, soltar o pensamento, libertar a imaginação.

Agradeço deixarem-me fazer parte deste bando maravilhoso de passarinhos que com este desafio me dá o motivo perfeito para despertar de novo para a vida.

 

 

 

Miss Lollipop escreve aqui

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