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Desafio de Escrita

Tema #7 Belinha

31
Out19

Constança, uma fulva trintona, foi comprar uma máscara capilar hidratante. Joana colocou sobre o balcão um frasco de compota de abóbora biológica com amêndoa. – Está em promoção, – disse. O patrão queria livrar-se daquele stock quase no fim da validade. Constança recusou: não precisava. – Ora – continuou a empregada – precisa, sim. É adoçada com stevia. A abóbora é rica em vitaminas A,C e E, e potássio, além de ter propriedades antioxidantes. Nutre e retarda o envelhecimento do cabelo. E protege dos danos do sol. Aplica após a lavagem, faz uma pose de 3 minutos e enquanto espera faz esfoliação corporal graças à amêndoa de Foz Côa. E para evitar o desperdício chama a sua amante para lamber o seu doce e goza um orgasmo extra. É 3 em 1!

Constança, vegetariana, cliente habitual da única loja vegana do bairro, achou que Joana tinha andado a fumar erva mais poderosa que o habitual tabaco. Ainda que nova ali, costumava esticar-se na oratória, mas nunca como desta vez. Constança não fez escândalo. Levou a compota e telefonou ao patrão, seu conhecido. Joana não sofreu repreenda nem procedimento disciplinar. Uma semana depois o seu contrato não foi renovado. Quando lhe comunicaram o facto, apenas disse, com desprezo:

– Gente que gosta mais dos animais que de pessoas.

Uns meses depois havia corrida e marcaram uma manifestação junto às portas da praça de touros da cidade. Cerca de 100 pessoas e alguns cães fizeram parar o trânsito, sob vigilância da polícia. Constança compareceu com um cartaz contra o sofrimento animal. O seu olhar e o de Joana cruzaram-se. Aproximaram-se e juntas agitaram concertadamente os seus papelões no ar aos gritos de Cultura sim, tortura, não!, até ficarem roucas e quase despenteadas.

– Queres vir tomar um chá quente?

Constança seguiu-a. Pararam no ecoponto para deixar os cartazes. Joana vivia sozinha com cinco gatos num T1. Entraram para a cozinha. Na mesa, alinhados, estavam três frascos de compota de abóbora com amêndoa e pão integral numa cesta. Depressa o chá fumegava histórias. Tinha uma Pós-Graduação em Filosofia Contemporânea. Nunca conseguira dar aulas. Quando a conversa chegou ao fundo da chávena, Joana pegou num dos frascos e desapareceu, seguida pelos cinco gatos. Constança ouviu água a correr. Olhou. Havia vapor no hall. Foi e abriu a porta recortada a luz. Joana massajava compota no corpo. Constança despiu-se com avidez. Quando entrou na banheira, perguntou, timidamente:

– Como adivinhaste?

 

 

Tema da semana: A Constança precisa duma mascara capilar mas o teu patrão só quer que vendas compotas de abobora com amêndoa. Convence-a a escolher a compota para usar

Belinha Fernandes escreve aqui

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Tema #7 Osapo

31
Out19

O destino alinha as estrelas como lhe apetece …

Reparei nela quando se aproximou da banca de compotas caseiras na feira biológica junto ao Campo Pequeno.

Era alta, perfumada e pintada com gosto. Base, risco nos olhos e batom vermelho vivo. Vestia calças de ganga justas, que definia-lhe o corpo e erguia-lhe o rabo, e top de corres garridas mostrando um peito firme.

Pegou numa compota de amêndoa e noz e sorriu-me com uns dentes impecavelmente brancos, realçados pela cor dos lábios.

Expliquei-lhe que eram cozinhadas em panelas de ferro, em lume de lenha de carvalho e lentamente para retirar os sabores dos produtos naturais, colhidos na serra da Agonia.

Um produto caseiro, colhido, preparado e embalado pelo Timóteo, o meu patrão”, disse apontando para o homem que, mais atrás, nos olhava com particular atenção.

Muito interessante, sou a Constança mas estou em regime”, disse com voz feminina mas rouca, a avisar-me que os meus ímpetos de vendedor estavam condenados ao insucesso.

As compotas servem para tudo. A de abobora com amêndoa dá para barrar o pão, acompanhar um bom queijo, como sais de banho e leite corporal. A Magda, do desafio dos pássaros, usa para restaurar o cabelo na mudança das estações”, disse-lhe num tom que não deixasse dúvidas.

Arregalou os olhos e não desarmei: “O teu cabelo está bem tratado, mas parece pouco nutrido”.

A sério? Achas que me fazia bem?”, perguntou meia convencida.

Não tenho dúvidas, aplica e volta cá para mostrar”, disse-lhe.

Fiquei interessada”, disse de sorriso aberto.

Expliquei-lhe de forma pormenorizada a quantidade e a forma de barrar e lavar o cabelo.

Dou-te o meu número se tiveres dúvidas na aplicação”, disse-lhe.

Pegou no telemóvel e, enquanto o registava, disse-me o dela que apontei num post-it.

O Timóteo, que não tirava os olhos da moça, levantou-se, tirou-me o papel amarelo da mão e disse-me: “Vai tomar café”.

Uns minutos depois cruzei-me com ela e, mostrando-me as compotas que levava num saco de papel, disse-me: “O teu patrão ofereceu-me as compotas e ofereceu-se para ir lá a casa ajudar-me a aplicar a compota no cabelo”.

Ri-me e mostrando-lhe uma nota de 50 euros respondi: “E eu ganhei-lhe a aposta em como conseguia o teu número de telemóvel”.

Com um sorriso irónico pergunta: E ele sabe quem sou?”.

Não, mas imagino-lhe a cara quando descobrir que és um gajo travesti”, disse rindo desalmadamente … no que fui acompanhado por ela, melhor por ele!!

O destino é f*dido …

 

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Osapo escreve aqui

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Tema #7 Sónia Figueiredo

31
Out19

Portanto já percebi que não tenho descanso, nem aqui, vendas, negociações...e por aí vai. Então vamos lá rir um bocadinho com o assunto.

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Uma das regras do bom vendedor é criar uma necessidade que o cliente ainda não sabe que tem. - Citação minha

Então agora que já registei uma citação, em estilo encher chouriços, vamos lá ver como vou convencer a Constança (este nome é muito à "Tia", reparei agora), podia ser Sancha, mas vamos lá ao que interessa e aproveitar este pormenor e mudar a minha linguagem a partir de AGORA.

- Como tem passado querida, vinha buscar a minha máscara capilar.

- Ainda não sabe, Constança esse produto foi descontinuado.

- Mas ainda tem embalagens aqui nas prateleiras.

- Querida, vá por mim, isso tem químicos perigosos para a saúde. Agora estamos a apostar em soluções mais naturais e com a mesma eficácia. Soluções sem químicos.

- A sério? Não sei como vou conseguir viver sem minha rica máscara.

- Acabou de chegar um produto espectacular, natural e cheio de benefícios para a saúde.

- Então? Que produto é esse?

- Compota de abóbora e amêndoa.

- Mas isso é para comer, certo?

- Sim, mas o que as pessoas não sabem é que pode ser aplicado no cabelo.

- Como assim?

- Aplica 2 colheres de sopa na cabeça, espalha para as pontas, depois coloca uma touca e deixa estar durante 30 minutos. Vai à sua vida, lê uma revista ou vê a Passadeira Vermelha, e depois lava normalmente. Passa por água, coloca este champô de abóbora, enxagua bem, depois aplica a máscara de amêndoa duas vezes por semana e vai ver como o cabelo vai ficar brilhante forte e nutrido. E se comer umas tostas com a compota, vai também notar diferenças na pele do seu rosto.

- Como é possível que ninguém fale nesse produto.

- Simples, como é um produto barato, ninguém tem interesse em comercializar. A margem de lucro é muito menor que a da máscara capilar que costuma levar. É claro, que o meu patrão não pode saber que eu lhe estou a contar isto.

- Agradeço imenso a sinceridade é por isso que só venho aqui, porque confio em si.

- Aproveite e diga à Carlota, à Tica, à Bibá, à Pipa e a todas as que se lembrar.

- Fica combinado, assim sendo vou levar já seis compotas e à tarde já aviso todas para cá virem.

- Pois é melhor, porque não há muitos e pode esgotar.

Passado uma semana o meu patrão já tinha o stock esgotado e agora queria despachar a compota de morango.

Haja Paciência!

 

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Sónia Figueiredo escreve aqui

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Tema #7 Fátima Cordeiro

31
Out19

Intervenção da narradora-autora: Nessa noite Matilde teve o sonho mais estranho de sempre! Contrariamente ao habitual, não sonhou com o dia em que apanhou Guilherme com a amante. Sonhou com outra coisa.

No sonho, Matilde chamava-se Constança e estava nos anos 30 do século XX. Tinha acabado de lavar o cabelo. Mas não era suficiente. O cabelo continuava danificado e ressecado. Precisava de uma mascara capilar (era Matilde ou era Constança que precisava disso?). Mas uma voz avisou-a que não havia. Disse-lhe que só havia compota de abobora com amêndoa para colocar no cabelo. A voz continuou a falar. Disse-lhe que aquela compota era nutritiva, cheia de vitaminas de A a Z. E era um produto natural.

Constança ou Matilde colocou a compota no cabelo e ficou assim durante 5 minutos. À espera que resultasse. Depois voltou a enxaguar o cabelo. Gostou do resultado. Tinha de experimentar mais vezes! A seguir vestiu um robe que a fez sentir-se ainda mais velha. Como se a idade de Matilde se tivesse duplicado.

Matilde ou Constança aproximou-se mais para ver de quem era a voz. Esperou sentir um cheiro a lavanda. Mas só sentiu um cheio a suor e a mortos. Aproximou-se mais. Era um homem. E o seu rosto não era uniforme. Parecia alguém que andava nas drogas. O próprio rosto parecia ser feito com pedaços de outros rostos. De rostos já não vivos. Será que era o Frankenstein boticário? Matilde acordou de madrugada, assustada. Não conseguiu dormir mais o resto da noite.

 

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Fátima Cordeiro escreve aqui

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Tema #7 Peixe Frito

31
Out19

O natural é que está a dar. 

Eu sei que hoje em dia há cada vez mais tendência a usar compostos naturais, nomeadamente shampoo e amaciador para o cabelo, sabão, desodorizante, cremes para o corpo e cara. Aliás, na verdade isto é apenas uma pequena fracção do pessoal, que os faz ou que é dado às coisas naturais, porque muitos dos restantes, continuam a usar produtos com a promessa de "extractos de pena de fénix do Alasca e de lótus que Buddha usou enquanto meditava" e outros tantos ligam um rabo a isso, querem mesmo é lavar a fronha e esfregar a gadelha, cheirar bem, ficar lavado, e 'tá a andar.

Agora, compota de abóbora e amêndoa? Com o açúcar que têm uma compota de abóbora e amêndoa, imagino que uma pessoa iria era aumentar exponencialmente de peso, sem saber porquê! Olhem só a nutrição capilar com tanto açúcar? Se bem que bem mirada a situação, o açúcar esfolia... Por isso talvez seja indicado para quem têm uma peruca farfalhuda e contra-indicado a carecas. E a amêndoa? Bem, a amêndoa... coiso. Dá assim ali uma propriedade tal e coiso e tal, estão a ver? Uma adição mega importante na compota. Essa compota nem seria compota nem tinha direito a tal nome de compota, sem a amêndoa. Tenho dito!

Porém, o uso da dita compota - palavra fofa né? compota compota compota - têm uma situação mega positiva, se usarem a compota como máscara capilar: se tiverem a meio do banho e tiverem traça, sempre podem ratar um bocadinho. Tenham é cuidado onde guardam as cream crackers ou as tostinhas, pois com a água, ficam meio papa. Ainda noutra vertente, se tiverem um hot shower com a vossa cara metade, uma compota de abóbora e amêndoa ali à mão, dá sempre jeito para uma marotice.

Hum, e que tal? Vão aderir ao uso da compota de abóbora e amêndoa como máscara capilar ou nem por isso?"

 

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Peixe Frito escreve aqui

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Tema #7 A outra

31
Out19

Se tens o cabelo seco,

Oleoso ou acabado de pintar

Precisas de usar uma máscara capilar

Que não o vá danificar

Esquece os cremes tradicionais,

Nesses não podes encontrar

Tudo o que a compota de abóbora e a amêndoa tem para te dar!

Uma é rica em vitaminas, minerais e zinco,

A outra tem fibras e potássio,

O teu cabelo vai ficar num brinco.

 

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Outra escreve aqui

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Tema #7 Bla Bla Bla

30
Out19

Há unzanos atrás um corvo confundiomê’marido Gervásio cum espantalho e rancou-lh’um’olho à bicada; ficou cum’olho bom pra ver mazu outro que lhe foi arrancado era cum certeza o‘lho dos negócios porque desd’então que pós negócios o Gervásio num tem olho nenhum.

Apercebi-me disso cand’ele veio qu’ideia de plantar abóboras para o ‘Ailôine, mas num fui capaz de lhe fazer a desfeita e ‘cidi apoiá-lo ness’iniciativa já cum’olho (o meu) nos lucros qu’ia conseguir ao plantar legumes e ósdespois estampar-lhe um selo dizendo qu’eram biológicos.

 

O ‘Ailôine chegou e num se vendou porra d´abóbora nenhuma.

O Gervásio ficou deprimido por não se lembrar qu’afinal o ‘Ailôine só se festeja nas Américas e cáze lhe caia o olho bom de tanto chorar.

Consolei-o cum mimices e contei-lhe que já tinha apalavrado c’o Mestre André, mê’patrão e dono da única mercearia lá da terra, pra nos cumprar as abóboras todas.

 

Mas na terra toda ágente cultiva um ‘cadinho de tudo, biológico num é novidade nenhuma e ‘ssim caz’abóboras começaram ápodrecer o me’patrão ordenou-me qu´as transformasse em compota pr’evitar que s’estragassem.

Pra sê diferente lembrei-me d’ajuntar à abobora as amêndoas que tinham sobrado das Páscoas passadas e que nunca mandei fora já qu’amandar fora comida é pecado.

 

Os vizinhos lá foram cumprando a merda da compota porque s’acompadeciam da’mim plo mê Gervásio sim’olho e porqu’o Mestre André meaçava que sa não vendesse as compotas todas ma despedia sem contemplações.

 

U’dia apareceu a Constança, qu’é moça da minha criação, a pedir uma máscara capilar. O mestre André assomou logo aspreitar e lançou-mum olhar como quem diz ´É bom ca vendas maiz’um frasco daquela merda ou vais co caralho!”

Pousei o frasco do shampoo concentrado e levei-lh’um frasco da compota.

Tentei convencer a pobre Constança qu’aquilo é qu’era bom pra hidratar e fortalecer o cabelo e co’alto teor de betacarotenos d’abóbora ‘inda ficava co cabelo loiro deslavado com’áquelas famosas usam agora e que dizem qu’é o estilo californiano.

A Constança chegou-se máz ao mê’ouvido e explicou-me ca máscara capilar era prás partes baixas já qu’ela tinha visto o marido a ver nas intranetis um saite chamado peludinhas cum gosto e precisava d’aumentar a pilosidade p’ir d’encontro aos gostos do marido.

Expliquei-lhe qu’assim era melhor ainda proque prá compota funcionar devia aplicá-la e ósdespois pôr o marido a lamber, “Crescem-tos pelos e o tê marido fica saciado já que tod’ágente sabe c’abóbora é rica em fibras.”

 

 

P.S.: Peço desculpa pelo prutuguês português... foi a única forma que arranjei de respeitar o limite das 400 palavras.

P.S.2: O Peludinhas com Gostos é um blog verdadeiro com o qual tive a infelicidade de me cruzar enquanto procurava locais para depilação a laser.

A Bla bla bla não é adepta desta pratica e, a promover algum grupo, seria o Peladinhas com Gosto 

Mas nada contra, sou uma pessoa sem preconceitos, pelo que para os interessados no peludinhas com gosto deixo o link aqui

 

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Bla Bla Bla escreve aqui

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Tema #7 Maria João

30
Out19

Eu ouvi a minha amiga a contar-me os seus problemas capilares, com que se debatia de há alguns
meses a esta parte.
Tudo começara quando se separara do seu marido de há anos e o sistema nervoso resolveu manifestar-se com caspa numas alturas e oleosidade noutras.
- Eu acho que conforme o meu estado de espírito, assim é o meu problema. – explicava Constança
com um ar infeliz – Se estou furiosa e me lembro do que aquele ordinário me fez, salta a caspa e ando a esfarelar-me semanas a fio; se me dá para a nostalgia e me sinto infeliz, com saudades da
minha vida anterior, fico com o cabelo oleoso. De tal forma que poderia passar nos móveis, para dar lustro.
Sorri. Eu sabia que ela esperava um sorriso, para ter a certeza que pelo menos eu a estava a escutar, no seu lamento. Gostaria tanto de a ajudar. Lembrei-me do dia em que Constança decidira cortar o lindo cabelo que tinha e passara de cabelos pela cintura, para cabelos acima dos ombros, tal como estava agora. Acho que me doera mais a mim que a ela, mas entendia a sua aflição com a situação atual. Uma pergunta dela, interrompeu o curso dos meus pensamentos:
- Que achas? Sabes de algum produto bom para combater esta polaridade capilar? Como lidas com tanta gente, a quem vendes os teus produtos, já ouviste falar em algum tratamento que eu possa fazer, que me alivie… já nem sonho em voltar ao estado anterior, porque o casamento também não vai voltar… - Constança riu-se – Está provado que o estado físico depende inteiramente do estado psicológico…
Ouvi-a, meditei no assunto e decidi que só havia uma coisa a fazer. Estendi-lhe um boião que tirei
da caixa de amostras de compotas.
- Não estás à espera que vá besuntar o cabelo com compota de abóbora! – Fingiu-se escandalizada, mas aceitou o boião – Eu já estou por tudo… se a abóbora me resolver o assunto, não me importo. – Volto a rir.
- Trata uma parte do físico e pode ser que o psicológico vá tratar a outra parte. Come compota de
abóbora com amêndoa, delicia-te e esquece o ordinário do teu ex-marido de uma vez por todas!

 

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Maria João escreve aqui

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Tema #7 Gabi

30
Out19

A Constança precisava duma máscara capilar e veio ter comigo porque sabia que eu andava a vender qualquer coisa.

Eu disse-lhe: “Constança, o meu patrão só quer que eu venda compota de abóbora com amêndoa.

E ela respondeu-me: “Está bem”.

Foi o inicio de uma bela amizade porque clientes assim não são fáceis de encontrar.

Ela perguntou-me o que achava de ela usar a compota de abóbora com amêndoa como mascara capilar.Lembrei-me da coca-cola que era para ser um xarope, e disse-lhe para ir em frente.”

E ela foi.

Não resultou assim muito bem, o cabelo ficou um bocado pegajoso, mas pelo menos cheirava muito bem a abóbora e a amêndoa.

Como agora somos amigas e já era hora, fomos almoçar juntas. Não sei bem porquê mas apeteceu-nos às duas sopa de abóbora e tarte de amêndoa.

Contei-lhe do Desafio dos Pássaros e ela ficou muito interessada, as duas vamos agora aguardar para ler o que foi escrito pelos desafiados…

 

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Gabi escreve aqui e aqui

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Tema #7 A Gorda

30
Out19

Boa noite a todos. Estamos aqui esta noite para comemorar os 25 anos das Compotas Glow. O meu nome é Clotilde Marrazes e não teria construido este império sem o vosso apoio constante.

Este ano iniciámos exportação para mais cinco países da América e os nosso produto local estará em exposição numa mercearia do Bronx onde uma prima minha emigrada está a trabalhar porque não tem visto.

- Para de engonhar Clotilde, conta a parte que interessa!

A minha amiga Custódia sempre à espera do seu momento de glória. Não há meio de um peru lhe largar uma poia valente no curso de um voo razante.

Eu trabalhava nesta mesma mercearia há 25 anos atrás, era funcionária do Tó Zé Zarolho. A minha avó sempre foi umas intruja, pelo que depois de ter deitado mãos a umas abóboras que uma vizinha nos arranjou lá dos terrenos agricultas da Junta de Freguesia, decidiu fazer uma empreitada de compotas para vender para fora.

Tentou dar a provar, mas aquilo estava de tal maneira intragável que não havia quem comprasse um pote. Foi quando decidiu ir beber uma bica à mercearia. Conversa puxa conversa a velha conseguiu convencer o Zarolho que aquilo era uma receita de uma madame francesa e que a coisa se vendia como ginja. O tipo comprou tudo por dez contos. A velha foi contente e eu fiquei lixada.

Depois de dois dias de reclamações dos clientes o Tó Zé veio ter comigo:

- Ó Clotilde, eu não vou pedir o dinheiro à tua velha porque a cota me mete medo, mas tu tens de arranjar maneira de me vender esta porcaria, senão vou descontar-te do ordenado.

É nessa altura que me entram pela loja a Custódia e a Constança. A Constança queria uma máscara capilar e eu à rasca para vender compotas.

A Custódia chamam-me à parte:

- Quéquesepassa contigo? A gaja quer u’máscara e tu não te calas com a compota.

Contei-lhe e ela apareceu com a solução. Dizer à outra que barrar a guedelha com aquilo fazia o cabelo mais forte e brilhante.

A vantagem de conhecer gente burra e inculta é esta, conseguimos convence-los de qualquer baboseira.

A Constança leva a compota e volta uma semana depois para ficar com os frascos todos. O cabelo estava fantástico e a avó tinha ficado deliciada porque aquilo era uma maravilha para ajudar a colar a placa à gengiva.

 

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A Gorda escreve aqui

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